Não. Não te quero hoje Armani.
Hoje não te quero submissa e comportada,
Não te quero Dior ou Givenchy, Chanel ou Prada,
Vestida e perfumada, Cartier, Rabanne.
Desnuda-te! Despe a fantasia viva!
Quero-te pele, toque, suor e saliva!
Vem! Dá-me o doce mel de tuas flores!
Orvalha sobre mim teu corpo, sem pudores!
Quero-te cheiro, sabor, gemidos, paixão!
Quero-te prece e pecado, queda e redenção!
Delírio e sonho, carne, calor, ilusão...
Quero-te loucura, feitiço, luxúria,
Fera e fruto e fome e febre e fúria,
Frêmito, fogo, fêmea, força e flama...
Quero-te como és na tua profundeza
Quero derramar em ti minha certeza
De não saber qual de nós dois mais se derrama!
Niterói, agosto de 2013
Rodolfo Barcellos