Anapestos nos versos que faço então vou
colocando a meu modo e pra todos os fins
lembro aqueles tão lindos, perfeitos, de Poe:
“For the moon never beams without bringing me dreams” (1)
Num francês bem do tempo de meu trisavô
que aprendi, apesar de não ter quem me ensine
lembro aqueles que li no “Dormeur” de Rimbeaud:
“Les parfums ne font pas frissoner sa narine” (2)
Um pentâmetro então, cujo efeito é bastante bonito
soa bem como vem, com ou sem caimento de luva
é aquele que fez, num momento feliz, Raulzito:
“Eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo da chuva”
Ó, leitor que brindei com Rimbeau, Allan Poe
e um maluco beleza inspirado que só
saideira geral, tô vazando, falou?
“Pocotó, pocotó, pocotó, pocotó.”
(1) "Pois a lua não brilha sem sonhos trazer-me " (Annabel Lee, de E. Alan Poe)
(2) "Os perfumes não fazem fremir sua narina", (Le dormeur du val, de A. Rimbaud
4 comentários:
És genial! Passar por franceses e acabar no pocotó, pocotó...Me fizeste rir aqui...abração e um lindo dia,chica
Uma ótima construção! Como Chica cheguei no final e ri do pocotó :)
Abraço
A cada pocotó la vie en rose.
Abraços
Moonlight, parfums, medo de chuva.
Et la vie s´en va à cheval!!!
Muito bom seu texto.
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