DISCOS DE VINIL
Ontem foi dia de faxina aqui em casa. Aproveitei o dia de sol e vento para escancarar portas e janelas. Troquei os móveis da sala de posição, pus colchas, cobertores e edredons ao sol, arejei tapetes.
No armário sob a escada, acabei deparando com meus discos de vinil. Meus velhos discos de vinil...
Apesar de não ser do tipo que gosta de acumular velharias, jamais consegui 'dar um fim' nos meus discos e no antigo toca-discos. Acho que devo ter uns cento e cinquenta vinis, incluindo os que meu marido trouxe quando nos casamos.
Tenho a coleção completa do Queen, alguns do Nazareth, uma porção de temas de novelas - que tem músicas que, somente nos raros momentos quando as escutamos no rádio, nos lembramos que elas existem, e que trazem uma porção de lembranças - Supertramp, temas de filmes, Chico Buarque, Caetano, Bethânia... achei também um disco do Bad Company, "Rough Diamonds" que é do meu marido.
Quando ele chegou, à noite, após certificar-se de que tinha entrado na casa certa (tudo diferente), subimos para o quarto de hóspedes, onde acomodamos nosso velho toca-discos, e após fazer os devidos testes para saber se o aparelho ainda funcionava, tocamos o disco do Bad Company. Era quase meia-noite. Foi como se estivéssemos em um daqueles espaços alternativos entre o sonho e a realidade, o passado e o futuro. Uma zona morta. De repente, tínhamos dezessete, dezoito anos.
Lembrei-me de que no começo do nosso namoro, fiquei vários dias de cama com uma infecção de garganta, e ele levou aquele disco para eu ouvir. É engraçado, o quanto a música é capaz de marcar os momentos na vida de uma pessoa...
Estamos pensando em transformar aquele quarto em um 'espaço vintage', levando para lá nossos vinis. Já temos lá um aparelho de TV que tem mais de vinte anos de idade.
É fatal. Estamos começando a envelhecer!
5 comentários:
Ana, seus vinis renderam um momento e tanto pra você nessa viagem pelo tempo, e o compartilhamento no Quiosque foi tdb.
Valeu a crônica...Se te conto onde foram parar os meus? Podes imaginar? Pra adiantar: não suporto atrolhas casa com velharias...Então, já calculas,né?sr beijos,chica
Ana, delícia viajar no tempo contigo!
Ó, eu tb tenho meus vinis mas naum tenho mais onde toca-los...
Se bem que hoje já fizeram "vitrolinhas" tipo aquele modelo retrô de rádios, vc já viu? São maravilhosas, porém carésimas!
Um dia ainda vou ter uma daquelas
ahauhha
bacios
Quando vim para BH, fiquei no apartamento de minha irmã por mais de um ano, até a reforma do meu ficar pronta. E me desfiz de tudo que possuía antes, inclusive meus discos. Sabe que, alguma vezes, lamento tê-lo feito? Enfim!!!!!
Você teve uma grande ideia. Seu espaço não ficará reservado à saudade, mas a momentos de voos especiais. Bjs.
NOSSA ANA QUE BOA LEMBRANÇA, OS MEUS INFELIZMENTE EMBOLORARAM, SÓ SALVEI UM DO ROBERTO CARLOS QUE GANHEI QUANDO ERA CRIANÇA, UM DOS 3 TENORES QUE PEDI AO MEU PAI NO MEU ANIVERSARIO DE 13 ANOS E UM DA SIMONE QUE TBM PEDIA NO MEU ANIVERSARIO DE 14. DO RESTO, NAO DEU PARA SALVAR, VIRARAM DECORAÇÃO NUMA FESTA DOS ANOS 70, E RELÓGIOS DE PAREDE.
MAS E UMA DELICIA VIAJAR ASSIM NO TEMPO.
MAS CRIE A SALA VINTAGE, VAI FICAR LINDA, E POSTE AQUI PARA VERMOS.
BJS!
PATTY.
Postar um comentário