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No Balcão do Quiosque
terça-feira, 2 de junho de 2009
Uma Crônica Paulista
Tem vez que eu gostaria de ser australiana, inglesa, até italiana ou grega do que ser brasileira. Mas quando me dou conta de que nasci paulistana da gema e garoa esqueço-me do sangue da terra brasilis.
São Paulo da cosmo – polita – seleta – eclética, ex- metrópoles dos outdoors . Capital adotiva dos filhos retirantes.
São Paulo das galerias subterrâneas dos gordos bueiros, parafernálias do lixo e baratas, festa de fetos e ratos
Sinfonia de pedintes, mendigos e rastros. São Paulo das lotações – gingados e quedas no caótico pico das horas.
São Paulo das vias e rodovias, do congestionamento que pintam quilômetros de buzinas motos e boys alucinados na alucinante trajetória do ganha pão.
São Paulo dos viadutos que toma Chá com a Santa Efigênia, que marca encontro com os novos baianos na esquina da Ipiranga, que clama a São João pelos meninos alados e armados que transpiram drogados na dança sombria da morte que deveria estar engaiolada no cálice do engano.
São Paulo da 25 que é de março e que festeja o 25 do janeiro – nascimento da cidade.
São Paulo dos barões do café, da arquitetura edificada e suntuosa de outrora que abrigava o glamour das suarês.
São Paulo de tantas faces e vozes de tantos idiomas e sabores. De hinos e bandeirantes de Borba Gatos e horizontes.
São Paulo do Obelisco, das mortes e gritos de 1932 - MMDC vagueiam garbosos no parque nosso do Ibirapuera, que nos convida a ouvir pássaros e manhãs, skates, pipas e pipoca no sol nublado das chaminés.
São Paulo dos gourmets, dos temperos, do toque sutil do manjericão que canta na face italiana da 13 de maio.
São Paulo da Cultura, do Teatro Municipal – MASP e USP.
São Paulo da Estação BIGBAN da Luz , dos metrôs, das marginais e marronzinhos. Da Liberdade o Japão do mangá, do sushi e saquê.
Cidade dos rodízios e chaminés E faixas , pedestres, transeuntes, caminhadas e sons.
São Paulo nunca dorme, apenas cochila entre uma buzina e um café abrigando periferia e nobreza na tresloucada Paulicéia Desvairada de nosso Mário de Andrade.
São Paulo te amo de CORAÇÃO!
Por Lu Cavichioli
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11 comentários:
Parabéns, Lu. São Paulo, cidade garoada a que você tão bem declara seu amor. A mesma coisa que mais impressionava Napoleão na América do Norte também me impressiona em São Paulo: seu tamanho. É quase assustador.
Dos lugares e pessoas que aí conheci tenho lembranças muito boas.
Ao evocá-las, senti redobrado prazer na leitura deste seu texto, já bastante agradável em si.
Ultrabeijos, querida amiga virtual desta terra de que também gosto.
Lu,que linda sua homenagem a São Paulo,essa cidade tão contraditória e especial!Adorei sua cronica como boa paulistana que sou!Bjs,
Lú
Que texto maravilhoso. MOstra São Paulo com todas suas contradições , porém, uma cidade que atrae pela sua riqueza cultural e significado histórico. Parabéns amiga, que orgulho!!
beijos
São Paulo, da garoa, do desenvolvimento e da Lú!!
Linda homenagem.
Luiz Ramos
Oi João, falar de São Paulo é sempre um prazer e ler seus comentários é puro êxtase! Estamos esperando seu text: Manda bala!
ultrabeijos da Lu
Oi Anne, vc é paulistana? Então sabe do que estou falando. Tudo, ou quase tudo acontece em São Paulo.
Obrigada pela leitura.
beijinho
Pois é Rose, fiz um apanhado da cidade, mas falta muita coisa ainda. Mas já deu pra sentir o coração de sampa, né?
Beijão
Oi Luiz, São Paulo é um grande coração. Sempre cabe mais um!
Bj
São Paulo Amore Mio, é como um pedaço de mim, nasci no "bixiga" e lá´passei a maior parte de minha vida, a maternidade são paulo, hoje já não existe mais, só o prédio, que nem sei que destino deram a ele e no registro e lembrança dos que lá nasceram, a rua maria josé, onde passei a minha infância e parte da juventude, rua 13 de maio onde morei por muitos anos, o colégio estadual maria josé, onde fiz o primário, que saudades de minha sampa de outrora, a avenida paulista com seus casarões, a rua augusta, a garoa fina e fria, que faziam as noites serem até românticas, pois não havia essa poluição o céu ainda era estrelado, enfim sampa, será meu eterno amor, não coisa mais linda do que ver as luzes brilhando ao longe iluminado a megalopole mais linda do mundo, são paulo, mesmo maltratada, eu te amo, bjs
Adorei Lu. Para mim, um carioca do subúrbio da Guanabara, é a São Paulo de parte de minha família. Dos meus primos queridos e da minha saudosa tia Preciosa. É a São Paulo da porpeta do Brás, a melhor porpeta do mundo.
Lu,
São Paulo não é mais uma cidade... É a cidade! Meu marido é paulista, amo São Paulo... Me apaixonei também a primeira vista por essa cidade maravilhosa!
Beijos menina
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