... Rememorando (...)
Pessoal, em tempos de pastéis requentados, mas com ótimo sabor e (ainda) crocantes, trago a baila uma resenha elaborada com o maior carinho e cuidado que escrevi em outubro de 2011 em virtude da leitura e re(leitura) da obra de um dos autores contemporâneos que pertencem à nova literatura (entre outros autores que conheci), bordando páginas emocionantes e emocionadas.
Eu falo de um amigo/poeta/seresteiro e quiosqueiro já conhecido entre as linhas internéticas que é nosso RR Barcellos
Permita-me, caríssimo, entitular a postagem unindo canto & rosa, devido à postagem anterior que encontra-se no Escritos na Memórias
que mescla em recepção, minha coletânea encontrando com tuas linhas poéticas.
Compartilho com todos a resenha de " A obra de RR Barcellos"
Re(antos) de Mim recepciona O Outro Nome da Rosa
RESENHA ELABORADA EM DOIS ATOS
O Outro Nome da Rosa
*
Das Estações -
Um Duo Nascimento Ato I
A obra literária de RR Barcellos figura entre os
escritores vanguardistas, entretanto preserva o aspecto da escola literária dita
romântica - do “eu” lírico. E isso pode-se perceber através da linguagem
informal, isenta de rigores e rica em sentimentalismos.
O autor nos
presenteia (regiamente) com surpresas lingüísticas e faz da semântica sua maior
aliada. Rodolfo é um estilista da palavra escrita e possui (sorte a nossa), a
capacidade em sugestionar, emocionar e instigar o leitor.
A obra em
questão reinventa o amor revelando uma individualidade inquestionável, posto que
nosso autor (creio eu) - discorre sobre seu próprio eu, manifestando ser o
remetente da mensagem.
O enredo aprisiona o leitor de tal forma que não
há sinais de cansaço na estrutura das linhas e nem tão pouco indícios de
verborragia, acabando por sucumbir-nos (felizes), tal é o apelo lírico que
envolve história e personagens.
Rodolfo revela-se flexível dentro de seu
vasto conhecimento lingüístico e aproveita para brincar com as palavras,
tornando-se íntimo acabando por embriagar-se num coquetel de sinônimos,
antônimos e homônimos.
Pode-se dizer que RR é um caçador de palavras. Ele as
doma, fazendo delas - escravas!
Enquanto o leitor, submisso espectador em
palco supremo, ab(sorve) a sopa nutritiva para seus neurônios.
Entre os
equinócios RR Barcellos convida solstícios, desfilando neles seu encanto
peculiar, remetendo à obra (em justa causa) - “O Outro Nome da Rosa”, o poder
místico do amor em conjunção com a Mãe Gaia; permitindo e projetando o
nascimento da “Flor”: A ROSA DA MANHÃ!
*
Ego in Verso - uma composição artística intrínsica -Ato II
Há de se
definir primeiramente a distinção entre poema e poesia:
Um poema é uma obra
literária geralmente apresentada em versos e estrofes (ainda que possa existir
prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de
estilo próprias da poesia). Efetivamente, existe uma diferença entre poesia e
poema. Este último, segundo vários autores, é uma obra em verso com
características poéticas, ou seja, enquanto o poema é um objeto literário com
existência material concreta, a tem como caráter imaterial e
transcendente.
fonte
Wikipédia
Na segunda parte da obra de RR Barcellos vê-se claramente
esta mescla o que caracteriza sem dúvida a verdade incontestável da musicalidade
sensitiva da poesia, que exala um lirismo velado com o objeto poético traduzido
pela forma em que esta aparece dentro do contexto. Em outras palavras, o
referido autor discorre sobre as mais diferentes formas que embelezam os versos
em diferentes composições como os sonetos, acrósticos, poemetos, glosas, soneto
em redondilhas ou simplesmente sonetilho, tão bem desenhado por ele, e que tem
por título: “DIA DOS NAMORADOS” milimétricamente escrito na impecável linguagem
barcelliana.
Barcellos reinventa linhas poéticas amalgamando estilos,
povoando os olhos dos leitores com uma estética abrangente de várias escolas
literárias e sendo assim torna-se UM entre TANTOS que habitam sua estatura de
poeta: maduro, metafísico, exótico, romântico, parnasiano, contemporâneo e
absolutamente en(cantador).
A musicalidade é traço marcante em todos seus
versos que por serem tão elegantes, faz do EGO IN VERSO - uma coletânea
glamurosa, perfeita para relembrar as noites insequecíveis dos
saraus.
Sua generosidade em versos para com seus amigos, expressa uma
breve lembrança de Manoel Bandeira escrevendo para Mario Quintana:
“Meu
Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana,
quintanares (...)”
Finalizando sem métrica nem rima , fecham-se as
cortinas, mas o espetáculo continua no blog deste autor que escreve na
modernidade sonhos & realidades.
*Faltaram-me recursos intelectuais para uma melhor
elaboração desta resenha, embora minha ousadia tenha falado mais
alto*
Pra você, meu querido amigo RR
carinhosamente!
By Lu
Cavichioli
Outubro/2011
13 comentários:
Vou dizer o que, Lu? Sua generosidade disputa em grandeza com sua amizade...
Tomei a liberdade de linkar sua resenha na página "Livros" do Sete Ramos, junto com a análise da Graça. Obrigado, minha querida amiga.
Beijos.
Não diga nada RR, nossa amizade fala por nós!
Obrigada
grande beijo
*depois vou lá ver essa página "Livros" dos Sete Ramos.
Que bom, Lu, o Quiosque está tendo pastel regularmente. Ainda bem que não tenho preocupações dietéticas. Melhor disso que você mesma se experimenta como resenhista justamente da obra do nosso RR neste requentado com sabor de fresquinho. Assim fica tudo intraquiosque, mesmo. Beijos
Ora ora, meu amigo João, parece-me que os requentados estão mesmo dando passagem aos quitutes de última hora, recém-saídos do forno... Posto que tu, a Mi e eu abrimos o guarda-comidas,trazendo para o balcão do Quiosque, sabores e aromas que agradaram 'antigosamigos' e quem sabe conquistem leitores novos.
Oxalá nossos outros quiosqueiros, usem o microondas, estamos famintos de letras.
beijos da LU!
:)
Uma resenha feita como se deve, temperada com o mais nobre azeite literário que só você seria capaz, Lu. O Outro Nome da Rosa merece palavras desse calibre.
Beijos.
E que venham mais pastéis requentados. Os de queijo são saborosíssimos.
Oi Milene, bom dia!
Mesmo requentado, ainda dá pra sentir o sabor do tempero? Poxa... obrigada! Fiquei contente.
Realmente, a obra de nosso RR, entrou pra história e promete!
Ahhh os de carne com azeitona e cebolinha verde são meus preferidos (rs).
beijão
Uma bela resenha, sobre a obra de um amigo que eu pensava conhecer, mas que me surpreendeu por seus talentos inusitados...
Fui até reler alguns trechos do meu exemplar do livro...
Abraços, Lu!
Obrigada Leonel pela leitura e também pela re(leitura) de alguns trechos do Outro Nome da Rosa. Afinal, nosso amigo em comum: vive nos surpreendendo! rs
abraços!
Já parabenizei você por essa resenha uma vez, Lu, e endosso tudo que disse, amiga!
Não lhe faltam recursos literários para analisar qualquer que seja a obra!
Está perfeito, parece que foi isso que eu disse da outra vez...
Bravo!!!
rs Obrigada minha amiga! Sabe que esse elogio vindo de ti incentiva ainda mais minha escrita, que procuro sempre fazer com muito critério e cuidado, dentro das minhas possibilidades.
Obrigada mesmo por tuas palavras.
grande beijo cara mia!
:) boa semana
Ótima resenha Lu! Incentivos sinceros , justos e balizados ao nosso RR.
O escritor vive solitário dentro de sua escrita, e é muito bom quando descobre que alguém leu, entendeu e compartilhou de seus pensamentos.
Parabéns aos dois.
Valeu Marcos, pela leitura , já sentia tua falta. Ainda bem que voltou!
Obrigada :)
abraços!
Eu já havia lido a resenha, mas desconhecia o conteúdo do livro. Agora que o tenho , volto, para aplaudir você e ele, duas pessoas por quem nutro profundo afeto. Comecei a leitura pelos versos (rss). E ainda os estou saboreando.
Aliás, os do seu livro, estou sempre a reler. Grande beijo!
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