No Balcão do Quiosque

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Caminhos

Imagem: mobisol.blogspot.com.br

Nem sempre o caminho mais curto
Será o caminho mais perto
Nem sempre o caminho mais fácil
Será o caminho mais certo
Nem sempre o mais transitável
É aquele que é mais aberto.

Dos caminhos, nem sempre
é mais bonito o mais reto
é mais rápido o direto
é mais firme o de concreto.

Dos caminhos, nem sempre
é seguro o mais trilhado
é melhor o mais cantado
é bom o sinalizado.

Nos caminhos
Pergunta a quem já foi lá
Usa tênis confortáveis
(pés nus só em areias molhadas)
(trilhas pedregosas, botas ferradas)
Descansa à sombra da árvore.

Nos caminhos, sempre
Leva um cajado na mão
Na alma, uma visão
No bornal, a refeição
Na mochila, um coração
Na mente, uma oração
Nos lábios, uma canção
Nos olhos, o horizonte
No cantil, água da fonte.

Nos caminhos
Anda em grupo, se possível
Ou aos pares (é incrível)
Mas se preciso, vai só.

E onde não houver caminhos
Abre tua própria trilha
Não construas labirintos
Segue milha após milha
Deixa teu rastro no chão
Pois outros te seguirão.

E ao alcançares a meta
Faz uma celebração
Curta, rápida, discreta
Que outros caminhos virão.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Talentos esquecidos em um país sem memória...


...Enquanto isso, ao invés de ensinar e sensibilisar a nova geração através das maravilhosas músicas de Tom Jobin e de outros muito bons, tentamos homenagear o compositor com nome de viaduto e aeroporto, ou erguendo estátuas (mudas) com a sua figura, ao mesmo tempo em que vamos fazendo a música mais medíocre do planeta (me desculpem as raríssimas exceções).
(autor desconhecido)

PS: A INTRODUÇÃO É DO CLAUS OGERMAN PARA A GRAVAÇÃO DO OSCAR PETERSON & ORQUESTRA (a letra veja mais abaixo)

 

Olhem só que vocal maravilhoso produzido na Eslovenia, da música Wave de Tom Jobin:
 
 
 

 Wave

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...

O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho...

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade...

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver...

Vou te contar...

 

 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

♥ Doce parceria...




Era tardinha.

As cores do céu se misturavam às do mar, num lindo quadro.

Marieta novamente passeava com LUPI, seu cãozinho já bem velhinho, de quase quatorze anos.

Aquela cena se repetia todos os dias, costumeiramente, mostrando a amizade entre os dois.

Marieta enquanto passeava, fazia seu exercício enquanto colocava as idéias no lugar, relaxando ali sozinha...

E Lupi, aproveitava, no seu ritmo e passo o passeio e banho de mar.

Naquele dia porém, vieram lhe falar que ela não mais poderia trazer o cãozinho à beira do mar. Explicaram todos os motivos .Ela entendeu e não mais o levou.

Porém, daquele dia em diante, vendo-o abanando o rabinho perto dela justamente no horário em que costumavam passear, sentia pena.

Pena da falta de liberdade, pena que tantas vezes a vida parece se complicar, perder sua simplicidade.

Lupi agora já no fim de sua vidinha, teria que se acostumar à nova rotina.

Teria tempo? Pensava ela, enquanto lembrava que ele cada vez mais ,estava velhinho... Uma lágrima rolou só de pensar!

Porém agora, mesmo sem ir ao mar, passeava com ele sempre ao seu lado. E ele sentia que era amado e isso fazia bem aos dois .

Eram e continuariam a ser amigos...Tomara por muito tempo ainda!