No Balcão do Quiosque

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Feliz niver Chica

Gente, hoje é o niver da nossa Chica Joaninha e acreditem ou não, quando saí em minha varanda depois do jantar, advinha quem estava passeando na mureta? Vocês não advinham? Então vejam:
É demais né pessoal? Corri pra pegar a câmera e deu tempo rsrs.. Pra você Chiquita, essa fofura de joaninha! FELIZ ANIVERSÁRIO em nome dos QUIOSQUEIROS e dos amigos do Quiosque! bacios da Lu

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

◆ Ternura ◆





Junior, como qualquer menino de seis anos, era lindo, inteligente, querido e sabia muito bem até entender os motivos das broncas ...

Vovô tinha sua coleção de selos há muitos anos, cultivada com o maior dos carinhos e cuidado.
Tudo era catalogado e registrado.

Aquilo era motivo de muito interesse também para Junior que por lá.via o avô horas e horas entretido.

Porém, naquele dia, vovô estava folheando o álbum, quando sente falta de um, lindo e, para ele, muito raro.
Era de 1943, ano em que nascera, portanto,especial.

Procura daqui e dali.
Chama então Junior, logo desconfiando do ocorrido.

O menino confirmou as suspeitas.
Disse que escolheu aquele por achar bem colorido, segundo ele, para colar num envelope que achara ...

_Busca lá,então,Junior !- Diz o avô.

_ Não posso!É uma surpresa que preparei!

_Estou triste contigo, diz o avô.

_ Não, vovô"! Por favor, dá um sorriso! Não gosto de te ver sério assim!

Mas o vovô se mostrava irredutível, pelo menos por fora, para o neto ver...Por dentro, seu coração já amolecera...

Junior para tentar resolver a situação com o avô, resolve antecipar a surpresa que preparou para o aniversário do vovô, que seria dias mais tarde.

Não queria ficar naquela situação, precisava resolver aquilo e ver o vovô voltar a ser o seu vovô querido...

Vai até o quarto e busca, debaixo do colchão, onde tinha guardado bem escondido.

Pega e chega lá na biblioteca, onde o avô se encontra, aparentemente triste com ele.

_Olha aqui, vovô, diz, já dando abraços e beijos.

Entrega o envelope onde se liam as primeiras palavras que Junior havia escrito, com seus seis   aninhos e os errinhos normais...                                       


                                               Vo  

ti amo


E, lá no cantinho,estava o selo, o famoso e procurado selo da coleção do vô.

Vovô lê, se emociona às lágrimas.

Sabe agora que amor de avô é tão grande que com  uma palavra ele consegue o que veio buscar...

Imagina então com aquelas três, tão lindas!!!

Esse menino sabe me comprar, pensa, agradecendo com um enorme e apertado abraço e muitos beijos.

_Sabes, Junior, essa coleção que o vovô está sempre preparando, será tua um dia. 

Aí, já grandinho, certamente vais entender disso e gostar desse trabalho do vovô.

Os dois, agora abraçadinhos, continuam a folhear tudo aquilo...

Vovó entra na biblioteca nessa hora e vê  que tudo já estava novamente bem entre os dois.

Retornara a paz ! 

Aproveita e faz uma foto daqueles dois juntinhos assim, sempre lindo e serve um lanche delicioso!


domingo, 18 de novembro de 2012

A Morte em uma Poça D'água



IMAGEM: ANA BAILUNE




É incrível: a cada manhã, sempre que apanho as vasilhas de água de meus cães para lavá-las e colocar água fresca, vejo dentro de uma delas um pequeno inseto se afogando. Muitas vezes, uma formiga, noutras, besouros, borboletas, mariposas, abelhas... sempre as salvo, dizendo: "Ei, carinha, você deu sorte desta vez!"

Mas lembro-me de uma tempestade fortíssima que aconteceu aqui, acho que em 2009 - até escrevi uma crônica sobre ela - em que um filhote de passarinho afogou-se em um latão d'água, sem que eu visse... assim é a vida: às vezes, são tantas almas agonizando em poças d'água que Deus não tem tempo de salvar a todas.

Nós precisamos aprender a nadar!

Nem sempre teremos alguém que nos tire de nossos apuros. Nem sempre poderemos contar com uma palavra amiga ou um gesto de carinho, e isso não quer dizer que as pessoas sejam más. Às vezes, elas simplesmente estão ocupadas, nadando dentro de suas próprias poças d'água, tentando salvar a si mesmas.

Mas mesmo assim, podemos sempre erguer a cabeça e pedir ajuda. É uma possibilidade! E uma grande possibilidade.  Basta crer.

Quando Deus está ocupado, Ele pode mandar alguém com um galhinho que nos tirará dos nossos apuros. Quem não tem fé e não sabe nadar, acaba se afogando, pois só tem a si mesmo e a suas dúvidas e medos. Acho que deve ser triste, não acreditar em nada...

sábado, 17 de novembro de 2012

Agradecimento de quiosqueiro pra quiosqueir@s

Venho hoje ao Quiosque em missão de agradecimento pela postagem da Lu, no dia 29 passado.

Obrigado em especial a você, Lu, e ao seu passarinho, e também e aos comentaristas da postagem, a Patty, a Chica, o Rodolfo, você mesma, a Milene e a Graça.

Passei uns dias de PC pifado em casa, dias em que pra não me atrasar com compromisso trabalhei manualmente e usei fontes físicas de consulta, como fazia no tempo em que era assim mesmo que todo mundo do ramo de tradução trabalhava. Foram dias de estranhar tudo, até minha caligrafia, a que de certo modo já me desacostumara.

Mas enfim, que agradável surpresa foi encontrar aqui no Quiosque o vídeo que há mais de três anos gravei e pus lá no YouTube, onde ficou.

A ideia do vídeo foi primariamente documentar aquele momento de minha evolução musical, como aquele tradicional antes e depois das clínicas de emagrecimento, das academias etc. e tal. Aquele vídeo representa evidentemente o antes. Sabe, eu não acredito mesmo que exista uma idade certa pra alguém se iniciar em música. Tanto que só comecei a estudar já cinquentão, no século corrente.

Conto felizmente com um professor de se afina muito, muito bem mesmo comigo. Tenho-o em muito alta conta, fato que ele não ignora. Professores de música com qualificações técnicas muito melhores, que sabem muito mais teoria e têm muito mais experiência do que ele até que há, nós sabemos perfeitamente, mas é sempre a ele que recorro e no fundo até o prefiro. Ele por sua vez me retribui à altura esta preferência, na generosa avaliação que faz de mim como seu aluno. Alunos bem mais inteligentes, bem mais cultos, bem mais talentosos, de bem melhor ouvido e bem melhor poder aquisitivo é certo que há, como bem sabemos. Mas enfim estamos juntos e misturados, literalmente. Somos dois loucos varridos que acreditam e confiam muito um no outro. O tempo com certeza acabará mostrando no que dá tudo isso. Só não o recomendo aqui e agora porque ele não quer de jeito nenhum, sob a razoável alegação de que pelo menos por enquanto ainda não pode aceitar alunos de nível musical acima do meu.

Tudo bem, então, mas qualquer dia desses eu o anuncio a todos os ventos como um possível professor de música. É só uma questão de ele ficar musicalmente mais maduro. Mas nada me impede de já adiantar seu perfil.

Ele nasceu em 1956, em Proto Alegre, de pai baiano e topógrafo e mãe mineira e do lar. Desde a adolescência, ensina (ou tenta ensinar) línguas, principalmente inglês. Foram umas boas dezenas de milhares de horas dando aulas particulares, ou então em colégios, cursinhos, empresas. É também blogueiro e se diz um versejador de horas vagas. Arrumou interessante aplicação prática para seu poliglotismo no exercício profissional da tradução em 1985, e nunca mais parou de traduzir, seja como contratado, seja freelançando. Sempre foi completamente apaixonado pela boa música (e parcialmente até pela nem tão boa assim).

Mas música mesmo, meu atual professor de música não sabe não. De erudição musical, não tem a menor sombra. Ainda, pelo menos. Mas enfim, ele já deu provas incontestáveis de competência ao me ensinar um monte de outras coisas. Foi estudando com ele que aprendi minhas línguas de trabalho. E deu certo. É de se esperar que com música dê, também. Por que não?

Imagino que ainda chegarei a expressar em linguagem musical o que nunca consegui em português, nem em nenhuma outra língua ou linguagem em que me viro bem. Posso até estar meio delirando, claro, mas se minha educação musical autodidática e limitada em todos os sentidos algum dia entrar na fase pretendida, só posso esperar que os mesmos amigos virtuais daqui, por exemplo, que no tempo do puro amadorismo já me agraciaram com tanta apreciação, tanto incentivo, tanto carinho mesmo, venham a confirmar que acertaram na aposta.

Tem um dito em inglês que ao pé da letra daria algo mais ou menos como: “não adianta ensinar truque novo pra cachorro velho”. De minha parte, discordo radicalmente e quero com meu próprio exemplo desbancar essa filosofia.

Por ora, meu reiterado agradecimento por todo o apoio e um abraço afetuoso a todos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bolha Assassina

Quando me casei eu não era lá muito chegada em cozinhar, mesmo porque estudava e trabalhava na própria faculdade  e chegava um pouco tarde já meio esbagaçada de cansaço.

Minha mãe vinha me "salvar", deixando a casa arrumadinha e deixando a janta a meio caminho andado. Ela cozinhava feijão, temperava os bifes e deixava a salada lavada na geladeira e assim quando eu chegasse faltaria só eu tirar as cartas da manga e começar a jogar, porque pelo menos o arroz eu sabia fazer.



Bom, até aí tudo bem, né gente. Mas teve uma noite em que fui temperar o feijão e fiz tudo como ela tinha me ensinado. Só que esse feijão fervia e fervia e nada do caldo engrossar... Daí eu fiquei com a pulga atrás da orelha e pensei com meus botões: " Ué, porque o caldo não fica suculenteo como os que minha mãe e vó fazem?" Indignada com aquele aguaceiro dentro da panela eu tive uma idéia:  BRILHANTE E EXPLOSIVA kkkkkkk... Advinhem o qu eu fiz?

Peguei um copo de água com 2 colheres de farinha de trigo, misturei e despejei dentro do feijão.
CREDO EM CRUZ!!!!!! O treco começou a pular e levantar bolhas e eu mexendo e tudo espirrando em mim, no fogão nas paredes e o bagulho crescendo e pulando fora da panela. Imaginem minha cara de horror?! kkkkkkk

 
FEIJÃO ASSASSINO

Desliguei o fogo e o treco acalmou, mas advinhem :eu tinha feito um cimento armado com sabor de feijão. FRUSTRAÇÃO TOTAL, mas depois caí na risada e respirei aliviada falando em alto e bom tom:

"AINDA BEM QUE MINHA SOGRA NÃO VIRIA PARA O JANTAR"!

"by Lu Cavichioli em tempos de aprendiz de feiticeiro"

terça-feira, 6 de novembro de 2012


PÉ NA BUNDA DÓI!



Ninguém está imune ao funcional, famoso e meio esquisito acordo, entre um casal no término de um relacionamento: “Eu entro com o pé e você entra com a bunda.” Pra quem entra com o traseiro não é muito bom... Dói! Dói no coração, sangra na alma, e dilacera os sonhos. E não adianta ser bonita, inteligente, interessante, divertida, bem humorada, elegante, descolada, etc, pois em algum momento da vida você vai levar um tremendo fora, vai ser dispensada numa boa e claro, como todas são filhas de Deus, em determinado relacionamento vai querer se ver livre de alguém também.

Tem quem aponte as vantagens do “pé na bunda”. Uma dessas vantagens é empurrar pra frente. O fim de um relacionamento traz reviravoltas, e isso significa transformar o amor pela pessoa em amor por ela mesma. Para isso é preciso aceitar o “the end”, e ter consciência que não depende de você querer, mas de precisar tocar pra frente, de continuar a viver, de não se entregar.

A verdade é que o “pé na bunda” dói no coração, na alma e no ego. É traumatizante ouvir “dar um tempo”, “repensar” ou “melhor um afastamento”... Isso dói! Não importa o grau do relacionamento, lidar com o fim ainda amando, apaixonada, gostando, acomodada na relação é algo que machuca, pois não é fácil deixar de ter a presença da pessoa, os cuidados, a rotina. Éh... perder e lidar com as perdas não é fácil.

Quando você sente o impulso dado no seu traseiro, você tem vontade de chorar, implorar, pedir pra não acabar. O ego fica frágil, você se descabela e pensa "onde que foi que eu errei?" Não, você não errou, isso faz parte da finitude das coisas, às vezes o querer é uma via de mão dupla. Simples assim, um vai e o outro fica, ou um segue um rumo e outro vai na contramão.

Que pena que a chama se apaga, que a luz foi fraca para iluminar os quereres do outro, que a vela queimou todo o pavio que era curto... É fundamental que se perceba o fim de um ciclo amoroso, para que outro possa ser começado (ou não). O importante é não guardar esperanças de retorno, “de talvez”, para que assim, esteja aberta para viver coisas novas. Agora, vai explicar isso ao coração! Eita orgãozinho turrão!

Recebeu um “pé na retaguarda” meio que de surpresa, daqueles grandes que te fez perder o rumo de casa? Chore, pode chorar, pois com certeza “há um rio de lágrimas sobre os seus olhos”. Mas, como diz minha amiga Rosie, “se chorar, chore por você mesma, pela sua dor e ao mesmo tempo agradeça por ter acalentado na alma tão nobre sentimento, enquanto a outra pessoa, possivelmente nem o experimentou na mesma essência...” E no ápice da dor de cotovelo, vale lançar mão de uma frase nada sentimentalmente correta, mas que dá um certo ar de que estou por cima: “A gente pede desculpas por ter amado mais para nós mesmas, porque porcos não diferem pérolas de milho.”[O cúmulo do despeito né? Mas, pra aliviar a dor vale tudo!]

Alma lavada, ego enganado, agora é hora de reagir e investir em si mesma, pois isso é o mais saudável. É hora de trabalhar o amor próprio e a lucidez. É obrigatório sabia? “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.” Entre mortos e feridos, você sobreviveu.

Então, se você acabou de levar o famoso "pé na bunda", o jeito é juntar os cacos e canalizar energia em tudo o que lhe possa fazer bem. E isso pode significar cuidar do corpo, e pra não pensar nele vale correr no parque, fazer bastante musculação, ou também, pode fazer brigadeiro de colher e comer sozinha, mandando tudo o mais às cucuias. Chocolate também é bom, tem serotonina, a substância do prazer... Ou faça o que você quiser, mas não corte a jugular! No máximo uma falange, só pra lembrar que está viva e tem “otras cositas que dolen , talves mucho mas que llevar con los pies en la cola.”

 Marly Bastos



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Corte & Costura




Quando eu era pequena, minha mãe tinha uma daquelas máquinas de costura Singer, de pedal. Ali, ela fazia vestidinhos e batas para nós, e também fronhas e lençóis para a casa. Lembro-me de uma calça de lã marrom que ela fez para mim, e na primeira vez em que usei, levei um tombo e rasguei-a no joelho... de castigo pela minha desobediência (minha mãe tinha mandado eu parar de correr algumas vezes, antes do tombo), ela a cerziu e tive que usá-la assim mesmo; morria de vergonha de ter que usar a calça cerzida no joelho!

Minha mãe também fazia nossos vestidos de festa caipira para o colégio, e uma vez, confeccionou meu vestido de noiva! Noiva caipira, é lógico.

Mas naquela máquina de costura, ela ensinou minhas irmãs a costurar. Uma de minhas irmãs, a Ester, aprendeu rapidamente: logo, ela estava costurando calças modelo pantalonas saint-tropez para a mulherada toda da vizinhança, e as calças que ela costurava, faziam o maior sucesso. Minhas outras duas irmãs também aprenderam logo, mas eu era uma negação... nunca consegui passar linha na máquina, muito menos, costurar.

Minha mãe tentou de tudo: bordado, tricô, crochê. O máximo que ela conseguiu, foi ensinar-me a pregar botões. Eu era - sou - uma negação em trabalhos manuais. Quem fazia as roupinhas para minha boneca Suzi (uma antepassada da atual Barbie), era uma amiga, cuja mãe trabalhava em uma malharia, e sempre tinha muitos retalhinhos coloridos em casa.

Aprendi a fazer pulseirinhas de palha, entremeadas de contas. Nisso, eu era boa! Chegava no colégio e trocava com as outras meninas por roupinhas de boneca, ou então, vendia e comprava mais continhas para fabricar mais pulseirinhas e colares. Eu amava fazer aquilo!

Já casada, eu tentei fazer fuxicos. Não, não estou falando de fofoca maldosa, mas daqueles pedacinhos de pano cortados em formato  redondo e depois franzidos; quando se tem uma porção deles, a gente emenda os pedaços e faz colchas, almofadas e o que mais a imaginação mandar. Investi fundo na compra de retalhos. No começo, foi divertido, cortar os paninhos e sentar na rede para franzir os fuxicos, jogando-os num saco plástico ao ficarem prontos; mas na hora de montar a colcha... céus! Que desgraça... ficou tudo um horror, e minha fase-fuxico passou como uma ventania.

Não adianta; quem nasceu para lagartixa, jamais chega a jacaré. Não sei costurar, e pronto. Mas sei fazer um doce de abóbora que ninguém faz melhor!