No Balcão do Quiosque

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Novidades

Olá meus amigos Quioqueiros, saudades de todos !!



Estou passando pra agitar o bloguinho e ver se a gente consegue reabrir o Quiosque, porque tem muito pastel com novos sabores. Inclusive, aproveitando ensejo, convido a todos para conhecer meu novo blog com parceria da uma quiosqueira, minha amiga Patty D'Oliveira.
E como sempre o tema é:
Apoiar a Literatura com temas interessantes, futuros concursos de poesia/contos. Crítica de cinema e Resenhas de livros. Crônicas e histórias fantásticas. Vale a Pena
Obrigada

É só acessar

A Culpa é das Ideias

Lu Cavichioli e Patty D'Oliveira

terça-feira, 27 de setembro de 2016

FINITUDE

Sou finito, sou mortal
Se faço o bem, faço-o mal
Não há prata nem há ouro
No monte do meu tesouro

De tão limitado, enfim
Tenho infinitos em mim
Feito de pó, na verdade
Encerro uma eternidade

Possuo força sem braço
E lugar fora do espaço
Existir só, não compensa
Devo ser um ser que pensa

E trilhar tranquilamente
Meu caminho indiferente
Cultivar virtude e vício
Em permanente exercício

Não acredito na cura
De minha branda loucura
Tampouco servem pra ensino
Meus surtos de melhor tino

Espero que o ouvido certo
Minha voz encontre aberto
Tudo então fará sentido
Poderei ser esquecido

De vez, ou quiçá lembrado
Por tempo indeterminado
Não sábio, eremita, asceta
Não, simplesmente poeta

(in Poesia Amadora)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O Espelho das Coisas








Estive pensando (e quando isso acontece, questionamentos estranhos podem surgir): Qual é a maneira mais confiável de nos vermos refletidos? Imediatamente, você pensou: "Em um espelho!" Mas... será mesmo?

Quando eu me olho no espelho, vejo o meu lado de fora. Talvez, se eu insistir um pouco, possa enxergar uma outra pessoa que me olha, lá de dentro das minhas próprias retinas. Ela tenta ser ouvida, ela quer existir e ser real, mas nem sempre, quem se olha no espelho quer ver a pessoa que está do lado de dentro, e sim, a casca que a encobre.

A melhor maneira de enxergar a si mesmo, é fechando os olhos e os ouvidos. Por que? Quando abrimos os olhos e os ouvidos, enxergamos as aparências, as ilusões e os rótulos que a sociedade e até nós mesmos criamos sobre nós. Podemos passar horas preocupados com a impressão que causamos nos outros, e dependemos do aplauso alheio para que nos sintamos alguém... e isto é desastroso! Quem se espelha nos olhos alheios escraviza a si mesmo. 

Certa vez eu li em uma postagem no Facebook algo mais ou menos assim: "As mesmas mãos que o aplaudem podem, um dia, atirar-lhe pedras." É a mais pura verdade. O aplauso alheio pode massagear momentaneamente o ego de quem o recebe, mas depender dele para autodefinir-se é a pior forma de escravidão e ilusão.

Todos sabem os motivos reais que servem como base às próprias atitudes. Muita gente faz coisas tentando parecerem ser isto ou aquilo, mas na verdade, fazem por puro medo de não aparecerem, pois acham que se não se sentirem refletidos no espelho que é o outro, não são ninguém. Os aplausos que recebem ecoam por mais tempo em seus ouvidos porque não existe muita coisa entre eles. Há um enorme espaço vazio, uma falta de si mesmo, que necessita ser preenchida pelas ilusões de sucesso, fama e reconhecimento.

É terrível ter que precisar que outras pessoas nos digam quem somos.