No Balcão do Quiosque

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Missiva aos Quiosqueiros

São Paulo, 27 de dezembro de 2012


Aos meus colaboradores, amigos e seguidores do Quiosque do Pastel





É com grande alegria que fechamos mais um ano de plena atividade aqui em nossa casa de crônicas.
Conquistamos mais leitores e abraçamos novos escritores e isso faz do blog uma "blogoteca",  daquelas bem divertidas, coloridas, sérias, inovadoras, culturais, cotidianas, poéticas e todos os etecéteras que quiserem agregar.

Aqui somos todos estrelas e é nesse clima de luz que deixo uma mensagem de um ano novo recheadinho de surpresas e muitas conquistas de sucesso para todos que aqui vierem. Seja lá qual for a intenção: para ler, pra escrever, para comentar, para seguir e sobretudo para RENOVAR a interação adquirida nesses anos.

Grata a todos que aceitaram meu convite e que aqui deixaram um pouco de si em forma de parágrafos inseridos nas histórias, sentimentos, poemas, lembranças e toda sorte de expressão.

Grata aos leitores e comentaristas e também àqueles que chegam de mansinho observando,  e que  ficam a ler em sigilo.

Meu muito obrigada especialmente aos meus colaboradores que nesse finzinho de ano deram um UP ao blog, colorindo suas páginas.

Desejo a todos um ano de paz e que possamos nos unir  ainda mais nesta casa que prima pela cultura e interação.

A UNIÃO FAZ A FORÇA E A DIFERENÇA!

Feliz 2013

Tim Tim!!




Lu Cavichioli


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SÃO PAULO ANTIGA E AGORA!

Sei que sou suspeita em falar de São Paulo, mas não resisto, amo o Brasil, várias cidades maravilhosas, nem precisavamos sair do nosso País para nos encantarmos com tanta beleza.

E acredito e sei que São Paulo é a mescla de todas as cidades do nosso País e de fora, tanto na gastronomia, na cultura, nos modelitos de roupas , e diversão garantida 24 horas, gastando pouco ou muito.

Mas um email que recebi a 2 semanas que eu gostei muito, foram de algumas imagens de lugares mais populares que frequento muito, imagens de quase 100 anos atrás, E OUTRAS MAIS RECENTES.




Fique animada em dividir com  meus amigos.

COMEÇANDO PELA AVENIDA MAIS FAMOSA DA CIDADE


AV; PAULISTA EM 1975
(Sou completamente apaixonada por ela, amo ter que ir andar nela, mas a pé, não de carro no trãnsito)
 
AV: PAULISTA EM 2011

RUA AUGUSTA EM 1971

 
                                                  RUA AUGUSTA EM 2012 A NOITE
(Do lado Jardins é linda para sair a noite, mas o lado centro é bom só de dia, a noite é um horror)
 
 
                                                                  RUA DO BRÁS 1950
                                            

      (Fico doida com essa rua, facilidade de comprar roupas e inacreditável, eu enlouqueço)
                
                                                                RUA DO BRÁS 2012
 
ESPLANADA DO TRIANOM EM 1915 ANTES DA CONSTRUÇÃO DO MASP
                                                      TRIANON MASP HOJE EM 2012

               (A ultima vez que fui lá faz uns 2 mêses para ver as obras de CARAVAGGIO)
 
AV: DOM  PEDRO1 E AO FUNDO VISTA DO MUSEU DO IPIRANGA
                                                       
                                                              AV: DO PEDRO EM 2012
(já peguei muito transito voltando do trabalho nesta avenida,mas o museu eu amo ir lá andar de bicicleta)

 
 
EM 1903 RUA FLORÊNCIO DE ABREU
                                                     
                                                     RUA FLORÊNCIO DE ABREU 2012
(Adoro ir nesta rua para comprar Flores,montar vasos, enfeites, tenho um caminho que corto pelo shopping da 25 é ligeirinho)

 
 
 
 
E FINALMENTE O ANTIGO SALÃO DO AUTOMÓVEL COM UM  LANÇAMENTO DA VOLKSVAGEM EM 1969 O VW MAIS POPULARMENTE CONHECIDO COMO O ZÉ DO
 
CAIXÃO
 
SALÃO DO AUTOMÓVEL EM 2012 ( e pensar que já trabalhei nisso, aff, odiei)
 
ESPERO QUE TODOS PAULISTAS E NÃO PAULISTAS TENHAM GOSTADO DAS IMAGENS, SÓ QUIS PRESENTEA LOS  COM UMA EVOLUÇÃO DE UMA TERRA QUE NÃO PARA, E PARA QUEM NÃO CONHECE QUE SEJAM  MUITO BEM VINDOS!
 
BJS NO CORAÇÃO DE TODOS DA PAULISTANA PATTY.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

♥ UFA!!! ♥




Beto e Lavínia esperavam seu primeiro filho.

Faltavam poucos meses para que pudessem ver a carinha linda, como imaginavam, de sua filhinha, Bárbara.

Preparativos sendo alinhavados, enxoval quase pronto. Simples, mas feito com o maior carinho.

Roupinhas cheirosinhas esperavam, ainda encaixotadas para um dia serem colocadas na gavetinha da bebê.  Faltava apenas o lugar para elas.

Eles tinham à disposição, pouco espaço no sótão da casa da mãe de Beto, D.Sofia, que tentava ajudar ao máximo, porém em troca dessa ajuda, achava-se no direito de intrometer-se na vida do casal.

Havia sido uma grande ajuda recebida, não ter que pagar aluguel, o que proporcionou economizar permitindo a compra de sua casinha própria. Isso, além,claro, do nascimento de Sofia, era  o que mais sonhavam e desejavam no momento.

Passavam os dias e Lavínia por vezes ficava desanimada.

Sua sogra , nessas horas,dizia:

_ Não vejo motivo nenhum para vocês ficarem tristes  por ainda não ter sido aprovado o empréstimo para a casa nova. Isso é bobagem!
 AQUI vocês tem de tudo , não gastam nada e ainda estamos juntos,não é Beto? -Diz a  sogra, indo em direção ao "filhinho adorado",que retribui, meio sem jeito, pois bem sabia o que Lavínia pensava...

Os dias se passavam ,a barriguinha crescia e Lavínia e Beto ao voltar do trabalho conversavam muito sobre planos e expectativas.

Isso, claro, quando não eram interrompidos pela D.Sofia. Ela, sempre ela!!!  Ufa!!! 

Certo dia, Beto recebe um comunicado do banco. O empréstimo havia sido liberado...

Radiante, liga para Lavínia e conta a maravilhosa novidade...

Agora, era tudo questão apenas de detalhes que, foram resolvidos logo, com a maior celeridade.

Finalmente, recebem as chaves. Momentos de alegria.

Logo, entram na casinha, simples, pequena , mas do tamanho ideal para eles. 

Abrem uma janela, onde será o quartinho da bebê . Diante dela, unem as mãos ao alto, em forma de telhado.
Falam então, mãos ainda unidas e olhos nos olhos :

Obrigado, Senhor!
Sob o teto desse nosso telhadinho pretendemos viver na maior paz e amor... Permita-nos mais essa alegria!

 Saem dali, radiantes, vão de peça em peça e em cada uma delas, sonham como será dentro de algum tempo...Imaginam, viajam mobiliando  cada cantinho.

Mas, por ora, nela entrarão entre coisas pessoais, apenas com um fogão, uma geladeira, uma cama velha de casal e um berço para Bárbara.

Logo, pouco a pouco, com trabalho e esforço tudo conseguirão.  O alicerce ,que é o amor, já  estava presente ...

Barbara nasce, é hoje uma menininha linda em seus três aninhos.

A vovó Sofia, recebe o carinho do filho, nora e netinha.Mas felizes estão todos, cada um no seu cantinho...

E a cada  alegria, lembram daquele momento de união de mãos ao alto,que é desde então, uma marca registrada de suas vidas!



E é com esse texto que desejo, desde já, aos amigos que por aqui passarem, um lindo e abençoado NATAL e que 2013 chegue sorrindo para todos e assim permaneça!

beijos,obrigado pelos carinhos,chica

domingo, 2 de dezembro de 2012

Discos de Vinil




DISCOS DE VINIL


Ontem foi dia de faxina aqui em casa. Aproveitei o dia de sol e vento para escancarar portas e janelas. Troquei os móveis da sala de posição, pus colchas, cobertores e edredons ao sol, arejei tapetes. 
No armário sob a escada, acabei deparando com meus discos de vinil. Meus velhos discos de vinil...



Apesar de não ser do tipo que gosta de acumular velharias, jamais consegui 'dar um fim' nos meus discos e no antigo toca-discos. Acho que devo ter uns cento e cinquenta vinis, incluindo os que meu marido trouxe quando nos casamos. 



Tenho a coleção completa do Queen, alguns do Nazareth, uma porção de temas de novelas - que tem músicas que, somente nos raros momentos quando as escutamos no rádio, nos lembramos que elas existem, e que trazem uma porção de lembranças - Supertramp, temas de filmes, Chico Buarque, Caetano, Bethânia... achei também um disco do Bad Company, "Rough Diamonds" que é do meu marido. 



Quando ele chegou, à noite, após certificar-se de que tinha entrado na casa certa (tudo diferente), subimos para o quarto de hóspedes, onde acomodamos nosso velho toca-discos, e após fazer os devidos testes para saber se o aparelho ainda funcionava, tocamos o disco do Bad Company. Era quase meia-noite. Foi como se estivéssemos em um daqueles espaços alternativos entre o sonho e a realidade, o passado e o futuro. Uma zona morta. De repente, tínhamos dezessete, dezoito anos.



Lembrei-me de que no começo do nosso namoro, fiquei vários dias de cama com uma infecção de garganta, e ele levou aquele disco para eu ouvir. É engraçado, o quanto a música é capaz de marcar os momentos na vida de uma pessoa...



Estamos pensando em transformar aquele quarto em um 'espaço vintage', levando para lá nossos vinis. Já temos lá um aparelho de TV que tem mais de vinte anos de idade. 



É fatal. Estamos começando a envelhecer!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Feliz niver Chica

Gente, hoje é o niver da nossa Chica Joaninha e acreditem ou não, quando saí em minha varanda depois do jantar, advinha quem estava passeando na mureta? Vocês não advinham? Então vejam:
É demais né pessoal? Corri pra pegar a câmera e deu tempo rsrs.. Pra você Chiquita, essa fofura de joaninha! FELIZ ANIVERSÁRIO em nome dos QUIOSQUEIROS e dos amigos do Quiosque! bacios da Lu

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

◆ Ternura ◆





Junior, como qualquer menino de seis anos, era lindo, inteligente, querido e sabia muito bem até entender os motivos das broncas ...

Vovô tinha sua coleção de selos há muitos anos, cultivada com o maior dos carinhos e cuidado.
Tudo era catalogado e registrado.

Aquilo era motivo de muito interesse também para Junior que por lá.via o avô horas e horas entretido.

Porém, naquele dia, vovô estava folheando o álbum, quando sente falta de um, lindo e, para ele, muito raro.
Era de 1943, ano em que nascera, portanto,especial.

Procura daqui e dali.
Chama então Junior, logo desconfiando do ocorrido.

O menino confirmou as suspeitas.
Disse que escolheu aquele por achar bem colorido, segundo ele, para colar num envelope que achara ...

_Busca lá,então,Junior !- Diz o avô.

_ Não posso!É uma surpresa que preparei!

_Estou triste contigo, diz o avô.

_ Não, vovô"! Por favor, dá um sorriso! Não gosto de te ver sério assim!

Mas o vovô se mostrava irredutível, pelo menos por fora, para o neto ver...Por dentro, seu coração já amolecera...

Junior para tentar resolver a situação com o avô, resolve antecipar a surpresa que preparou para o aniversário do vovô, que seria dias mais tarde.

Não queria ficar naquela situação, precisava resolver aquilo e ver o vovô voltar a ser o seu vovô querido...

Vai até o quarto e busca, debaixo do colchão, onde tinha guardado bem escondido.

Pega e chega lá na biblioteca, onde o avô se encontra, aparentemente triste com ele.

_Olha aqui, vovô, diz, já dando abraços e beijos.

Entrega o envelope onde se liam as primeiras palavras que Junior havia escrito, com seus seis   aninhos e os errinhos normais...                                       


                                               Vo  

ti amo


E, lá no cantinho,estava o selo, o famoso e procurado selo da coleção do vô.

Vovô lê, se emociona às lágrimas.

Sabe agora que amor de avô é tão grande que com  uma palavra ele consegue o que veio buscar...

Imagina então com aquelas três, tão lindas!!!

Esse menino sabe me comprar, pensa, agradecendo com um enorme e apertado abraço e muitos beijos.

_Sabes, Junior, essa coleção que o vovô está sempre preparando, será tua um dia. 

Aí, já grandinho, certamente vais entender disso e gostar desse trabalho do vovô.

Os dois, agora abraçadinhos, continuam a folhear tudo aquilo...

Vovó entra na biblioteca nessa hora e vê  que tudo já estava novamente bem entre os dois.

Retornara a paz ! 

Aproveita e faz uma foto daqueles dois juntinhos assim, sempre lindo e serve um lanche delicioso!


domingo, 18 de novembro de 2012

A Morte em uma Poça D'água



IMAGEM: ANA BAILUNE




É incrível: a cada manhã, sempre que apanho as vasilhas de água de meus cães para lavá-las e colocar água fresca, vejo dentro de uma delas um pequeno inseto se afogando. Muitas vezes, uma formiga, noutras, besouros, borboletas, mariposas, abelhas... sempre as salvo, dizendo: "Ei, carinha, você deu sorte desta vez!"

Mas lembro-me de uma tempestade fortíssima que aconteceu aqui, acho que em 2009 - até escrevi uma crônica sobre ela - em que um filhote de passarinho afogou-se em um latão d'água, sem que eu visse... assim é a vida: às vezes, são tantas almas agonizando em poças d'água que Deus não tem tempo de salvar a todas.

Nós precisamos aprender a nadar!

Nem sempre teremos alguém que nos tire de nossos apuros. Nem sempre poderemos contar com uma palavra amiga ou um gesto de carinho, e isso não quer dizer que as pessoas sejam más. Às vezes, elas simplesmente estão ocupadas, nadando dentro de suas próprias poças d'água, tentando salvar a si mesmas.

Mas mesmo assim, podemos sempre erguer a cabeça e pedir ajuda. É uma possibilidade! E uma grande possibilidade.  Basta crer.

Quando Deus está ocupado, Ele pode mandar alguém com um galhinho que nos tirará dos nossos apuros. Quem não tem fé e não sabe nadar, acaba se afogando, pois só tem a si mesmo e a suas dúvidas e medos. Acho que deve ser triste, não acreditar em nada...

sábado, 17 de novembro de 2012

Agradecimento de quiosqueiro pra quiosqueir@s

Venho hoje ao Quiosque em missão de agradecimento pela postagem da Lu, no dia 29 passado.

Obrigado em especial a você, Lu, e ao seu passarinho, e também e aos comentaristas da postagem, a Patty, a Chica, o Rodolfo, você mesma, a Milene e a Graça.

Passei uns dias de PC pifado em casa, dias em que pra não me atrasar com compromisso trabalhei manualmente e usei fontes físicas de consulta, como fazia no tempo em que era assim mesmo que todo mundo do ramo de tradução trabalhava. Foram dias de estranhar tudo, até minha caligrafia, a que de certo modo já me desacostumara.

Mas enfim, que agradável surpresa foi encontrar aqui no Quiosque o vídeo que há mais de três anos gravei e pus lá no YouTube, onde ficou.

A ideia do vídeo foi primariamente documentar aquele momento de minha evolução musical, como aquele tradicional antes e depois das clínicas de emagrecimento, das academias etc. e tal. Aquele vídeo representa evidentemente o antes. Sabe, eu não acredito mesmo que exista uma idade certa pra alguém se iniciar em música. Tanto que só comecei a estudar já cinquentão, no século corrente.

Conto felizmente com um professor de se afina muito, muito bem mesmo comigo. Tenho-o em muito alta conta, fato que ele não ignora. Professores de música com qualificações técnicas muito melhores, que sabem muito mais teoria e têm muito mais experiência do que ele até que há, nós sabemos perfeitamente, mas é sempre a ele que recorro e no fundo até o prefiro. Ele por sua vez me retribui à altura esta preferência, na generosa avaliação que faz de mim como seu aluno. Alunos bem mais inteligentes, bem mais cultos, bem mais talentosos, de bem melhor ouvido e bem melhor poder aquisitivo é certo que há, como bem sabemos. Mas enfim estamos juntos e misturados, literalmente. Somos dois loucos varridos que acreditam e confiam muito um no outro. O tempo com certeza acabará mostrando no que dá tudo isso. Só não o recomendo aqui e agora porque ele não quer de jeito nenhum, sob a razoável alegação de que pelo menos por enquanto ainda não pode aceitar alunos de nível musical acima do meu.

Tudo bem, então, mas qualquer dia desses eu o anuncio a todos os ventos como um possível professor de música. É só uma questão de ele ficar musicalmente mais maduro. Mas nada me impede de já adiantar seu perfil.

Ele nasceu em 1956, em Proto Alegre, de pai baiano e topógrafo e mãe mineira e do lar. Desde a adolescência, ensina (ou tenta ensinar) línguas, principalmente inglês. Foram umas boas dezenas de milhares de horas dando aulas particulares, ou então em colégios, cursinhos, empresas. É também blogueiro e se diz um versejador de horas vagas. Arrumou interessante aplicação prática para seu poliglotismo no exercício profissional da tradução em 1985, e nunca mais parou de traduzir, seja como contratado, seja freelançando. Sempre foi completamente apaixonado pela boa música (e parcialmente até pela nem tão boa assim).

Mas música mesmo, meu atual professor de música não sabe não. De erudição musical, não tem a menor sombra. Ainda, pelo menos. Mas enfim, ele já deu provas incontestáveis de competência ao me ensinar um monte de outras coisas. Foi estudando com ele que aprendi minhas línguas de trabalho. E deu certo. É de se esperar que com música dê, também. Por que não?

Imagino que ainda chegarei a expressar em linguagem musical o que nunca consegui em português, nem em nenhuma outra língua ou linguagem em que me viro bem. Posso até estar meio delirando, claro, mas se minha educação musical autodidática e limitada em todos os sentidos algum dia entrar na fase pretendida, só posso esperar que os mesmos amigos virtuais daqui, por exemplo, que no tempo do puro amadorismo já me agraciaram com tanta apreciação, tanto incentivo, tanto carinho mesmo, venham a confirmar que acertaram na aposta.

Tem um dito em inglês que ao pé da letra daria algo mais ou menos como: “não adianta ensinar truque novo pra cachorro velho”. De minha parte, discordo radicalmente e quero com meu próprio exemplo desbancar essa filosofia.

Por ora, meu reiterado agradecimento por todo o apoio e um abraço afetuoso a todos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bolha Assassina

Quando me casei eu não era lá muito chegada em cozinhar, mesmo porque estudava e trabalhava na própria faculdade  e chegava um pouco tarde já meio esbagaçada de cansaço.

Minha mãe vinha me "salvar", deixando a casa arrumadinha e deixando a janta a meio caminho andado. Ela cozinhava feijão, temperava os bifes e deixava a salada lavada na geladeira e assim quando eu chegasse faltaria só eu tirar as cartas da manga e começar a jogar, porque pelo menos o arroz eu sabia fazer.



Bom, até aí tudo bem, né gente. Mas teve uma noite em que fui temperar o feijão e fiz tudo como ela tinha me ensinado. Só que esse feijão fervia e fervia e nada do caldo engrossar... Daí eu fiquei com a pulga atrás da orelha e pensei com meus botões: " Ué, porque o caldo não fica suculenteo como os que minha mãe e vó fazem?" Indignada com aquele aguaceiro dentro da panela eu tive uma idéia:  BRILHANTE E EXPLOSIVA kkkkkkk... Advinhem o qu eu fiz?

Peguei um copo de água com 2 colheres de farinha de trigo, misturei e despejei dentro do feijão.
CREDO EM CRUZ!!!!!! O treco começou a pular e levantar bolhas e eu mexendo e tudo espirrando em mim, no fogão nas paredes e o bagulho crescendo e pulando fora da panela. Imaginem minha cara de horror?! kkkkkkk

 
FEIJÃO ASSASSINO

Desliguei o fogo e o treco acalmou, mas advinhem :eu tinha feito um cimento armado com sabor de feijão. FRUSTRAÇÃO TOTAL, mas depois caí na risada e respirei aliviada falando em alto e bom tom:

"AINDA BEM QUE MINHA SOGRA NÃO VIRIA PARA O JANTAR"!

"by Lu Cavichioli em tempos de aprendiz de feiticeiro"

terça-feira, 6 de novembro de 2012


PÉ NA BUNDA DÓI!



Ninguém está imune ao funcional, famoso e meio esquisito acordo, entre um casal no término de um relacionamento: “Eu entro com o pé e você entra com a bunda.” Pra quem entra com o traseiro não é muito bom... Dói! Dói no coração, sangra na alma, e dilacera os sonhos. E não adianta ser bonita, inteligente, interessante, divertida, bem humorada, elegante, descolada, etc, pois em algum momento da vida você vai levar um tremendo fora, vai ser dispensada numa boa e claro, como todas são filhas de Deus, em determinado relacionamento vai querer se ver livre de alguém também.

Tem quem aponte as vantagens do “pé na bunda”. Uma dessas vantagens é empurrar pra frente. O fim de um relacionamento traz reviravoltas, e isso significa transformar o amor pela pessoa em amor por ela mesma. Para isso é preciso aceitar o “the end”, e ter consciência que não depende de você querer, mas de precisar tocar pra frente, de continuar a viver, de não se entregar.

A verdade é que o “pé na bunda” dói no coração, na alma e no ego. É traumatizante ouvir “dar um tempo”, “repensar” ou “melhor um afastamento”... Isso dói! Não importa o grau do relacionamento, lidar com o fim ainda amando, apaixonada, gostando, acomodada na relação é algo que machuca, pois não é fácil deixar de ter a presença da pessoa, os cuidados, a rotina. Éh... perder e lidar com as perdas não é fácil.

Quando você sente o impulso dado no seu traseiro, você tem vontade de chorar, implorar, pedir pra não acabar. O ego fica frágil, você se descabela e pensa "onde que foi que eu errei?" Não, você não errou, isso faz parte da finitude das coisas, às vezes o querer é uma via de mão dupla. Simples assim, um vai e o outro fica, ou um segue um rumo e outro vai na contramão.

Que pena que a chama se apaga, que a luz foi fraca para iluminar os quereres do outro, que a vela queimou todo o pavio que era curto... É fundamental que se perceba o fim de um ciclo amoroso, para que outro possa ser começado (ou não). O importante é não guardar esperanças de retorno, “de talvez”, para que assim, esteja aberta para viver coisas novas. Agora, vai explicar isso ao coração! Eita orgãozinho turrão!

Recebeu um “pé na retaguarda” meio que de surpresa, daqueles grandes que te fez perder o rumo de casa? Chore, pode chorar, pois com certeza “há um rio de lágrimas sobre os seus olhos”. Mas, como diz minha amiga Rosie, “se chorar, chore por você mesma, pela sua dor e ao mesmo tempo agradeça por ter acalentado na alma tão nobre sentimento, enquanto a outra pessoa, possivelmente nem o experimentou na mesma essência...” E no ápice da dor de cotovelo, vale lançar mão de uma frase nada sentimentalmente correta, mas que dá um certo ar de que estou por cima: “A gente pede desculpas por ter amado mais para nós mesmas, porque porcos não diferem pérolas de milho.”[O cúmulo do despeito né? Mas, pra aliviar a dor vale tudo!]

Alma lavada, ego enganado, agora é hora de reagir e investir em si mesma, pois isso é o mais saudável. É hora de trabalhar o amor próprio e a lucidez. É obrigatório sabia? “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.” Entre mortos e feridos, você sobreviveu.

Então, se você acabou de levar o famoso "pé na bunda", o jeito é juntar os cacos e canalizar energia em tudo o que lhe possa fazer bem. E isso pode significar cuidar do corpo, e pra não pensar nele vale correr no parque, fazer bastante musculação, ou também, pode fazer brigadeiro de colher e comer sozinha, mandando tudo o mais às cucuias. Chocolate também é bom, tem serotonina, a substância do prazer... Ou faça o que você quiser, mas não corte a jugular! No máximo uma falange, só pra lembrar que está viva e tem “otras cositas que dolen , talves mucho mas que llevar con los pies en la cola.”

 Marly Bastos



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Corte & Costura




Quando eu era pequena, minha mãe tinha uma daquelas máquinas de costura Singer, de pedal. Ali, ela fazia vestidinhos e batas para nós, e também fronhas e lençóis para a casa. Lembro-me de uma calça de lã marrom que ela fez para mim, e na primeira vez em que usei, levei um tombo e rasguei-a no joelho... de castigo pela minha desobediência (minha mãe tinha mandado eu parar de correr algumas vezes, antes do tombo), ela a cerziu e tive que usá-la assim mesmo; morria de vergonha de ter que usar a calça cerzida no joelho!

Minha mãe também fazia nossos vestidos de festa caipira para o colégio, e uma vez, confeccionou meu vestido de noiva! Noiva caipira, é lógico.

Mas naquela máquina de costura, ela ensinou minhas irmãs a costurar. Uma de minhas irmãs, a Ester, aprendeu rapidamente: logo, ela estava costurando calças modelo pantalonas saint-tropez para a mulherada toda da vizinhança, e as calças que ela costurava, faziam o maior sucesso. Minhas outras duas irmãs também aprenderam logo, mas eu era uma negação... nunca consegui passar linha na máquina, muito menos, costurar.

Minha mãe tentou de tudo: bordado, tricô, crochê. O máximo que ela conseguiu, foi ensinar-me a pregar botões. Eu era - sou - uma negação em trabalhos manuais. Quem fazia as roupinhas para minha boneca Suzi (uma antepassada da atual Barbie), era uma amiga, cuja mãe trabalhava em uma malharia, e sempre tinha muitos retalhinhos coloridos em casa.

Aprendi a fazer pulseirinhas de palha, entremeadas de contas. Nisso, eu era boa! Chegava no colégio e trocava com as outras meninas por roupinhas de boneca, ou então, vendia e comprava mais continhas para fabricar mais pulseirinhas e colares. Eu amava fazer aquilo!

Já casada, eu tentei fazer fuxicos. Não, não estou falando de fofoca maldosa, mas daqueles pedacinhos de pano cortados em formato  redondo e depois franzidos; quando se tem uma porção deles, a gente emenda os pedaços e faz colchas, almofadas e o que mais a imaginação mandar. Investi fundo na compra de retalhos. No começo, foi divertido, cortar os paninhos e sentar na rede para franzir os fuxicos, jogando-os num saco plástico ao ficarem prontos; mas na hora de montar a colcha... céus! Que desgraça... ficou tudo um horror, e minha fase-fuxico passou como uma ventania.

Não adianta; quem nasceu para lagartixa, jamais chega a jacaré. Não sei costurar, e pronto. Mas sei fazer um doce de abóbora que ninguém faz melhor!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Isso é um ESPANTO!!! rs...


Julio e Fafá namorados
entre conversas e beijinhos
bem tranquilos na cozinha sentados

Brincavam como crianças e riam
o pai dela danado, de longe, dos dois  a cuidar

De repente de lá ele ouve :
- Feche os olhos Fafá . Só deves tocar e sentir...

-O que é isso? pergunta Júlio.

 Bem, o formato é de uma bola! responde ela.
 Enrugada também é...

O pai lá fora, já com a orelha em pé...

- Pega, pode pegar, vê que tá molinho e se tu comes ou tomas  te dá uma boa sensação,fala Julio...Vais gostar!

_ Vamos experimentar?

Nessa hora o pai adentra.

 Julio dá um pulo, assustado
 cai então no chão um fruto já quase amassado...

Quer provar um suco, seu Romeu? Estava brincando com a Fafá e já estava quase preparando!

_Suco? Era só um suco? fala o pai aliviado...

Claro que quero , podes preparar e quero provar bem gelado! Coloca bastante dessa fruta pois preciso relaxar e ela é muito boa para isso!

E todos tomaram juntos, um delicioso suco de maracujá!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tem quiosqueiro escondendo o ouro



Pessoal, descobri que tem um amigo nosso aqui que além da cultura que já acumulou é músico também!

Olha só o que eu achei, ou melhor, um passarinho me contou... (vou deixar o passarinho se manifestar por si só depois)rs.

Mas apreciem por favor, e aplaudam... Porque eu e o passarinho, já curtimos!

Preciso falar quem é? rs


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

É Preciso Florir


A vida me permitia ficar. Era tudo muito simples porque eu podia ver tudo quanto eu quisesse, fosse dia ou noite, e isso fazia de mim expectador universal em longa viagem dentro de algum espiral metálico que cuspisse fogo pelas ventas.

Eu esperava ansiosa pelas águas de março e os ventos de setembro redescobrindo a vida e a morte ao meu redor. Justamente porque eu estava em constante movimento e as mudanças eram crayons que me desenhavam no panorama artístico de um pintor imaginário. Talvez ele vivesse no alto da serra, cortando lenha e colhendo aromas de florestas na tentativa de perfumar meu coração altaneiro e fugaz.

Lembro-me da estatura varonil dos folículos e pedúnculos raquíticos que nasciam no beiral da estrada, lá pelas bandas da ponte, onde o ar era altamente castigado pelo abraço ofegante dos gases maléficos que invadiam as narinas da atmosfera.

De quando em vez eu sonhava com as montanhas que, arrogantes ,gesticulavam rostos no ocaso abrindo as cortinas da lua para então eu repousar e me tornar um gigante imantado no marinho do azul.

Dos ninhos eu era dona absoluta e minha força era oásis ao meio dia. E assim eu ia ficando, crescendo e multiplicando junto à generosidade da mãe Gaia, cujo plantio favorável e afável,  zelava - ao longe - um tanto desgastada.

Cresci seguindo meu curso que era natural e essencial dentro das tantas possibilidades que me eram conferidas naquele momento (talvez único), antes do abate.

FIM DO CAMINHO (salve o verde e todas as outras cores)

Minhas flores com certeza iriam parar em algum vaso

 com pouco oxigênio e nenhum talento

Minhas folhas  ficariam

 ausentes de clorofila - e meus

 brotos nem veriam a luz

Meu tronco  alvejado,

marcado e dolorido

choraria seivas

Minha raiz (órfã)

 escreveria no solo...

Eu fui APENAS uma árvore!
 
 
 

·         Texto e  poema unidos num grito de alerta aos homens de boa vontade que (ainda) vivem no planeta - nosso aconchego, nossa casa- nosso bem querer.

By Lu Cavichioli

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Histórias dos Tempos em que eu Fumava






Sou ex-fumante. Acho que nunca fui realmente viciada em cigarros, mas houve uma época em minha vida, na qual eu fumei; aliás, duas épocas diferentes. Vou falar da primeira, pois foi mais engraçada.

Meu pai, "Seu" Silvio, era considerado um pai durão, e nossos amigos meninos morriam de medo dele, embora dissessem que era só respeito. Minha irmã, nossos amigos e eu, brincávamos na rua até escurecer, e quando meu pai chegava do trabalho, logo ralhava: "Ester e Ana, já para casa!" Podíamos estar jogando bola, pique-altinho, queimado ou fosse o que fosse, assim que víamos meu pai apontar lá na curva, os meninos paravam tudo o que estavam fazendo e sentavam-se quietinhos, no muro da Alemã (que já foi personagem em uma série que escrevi e publiquei no meu blog, "As Aventuras de D. Iraci e Dona Nena, "As Aventuras de D. Iraci e D. Nena"). Meu pai passava por nós, e todo mundo: "Boa noite, "Seu" Silvio!

Bem, um dia, alguém apareceu com um cigarro. A partir daquele dia, quem fumava, era 'legal', e quem não fumava, era 'otário.' Eu não queria ser otária, e comecei a fumar. Naquela época eu tinha uns onze anos, e minha irmã dezesseis. No início, eu apenas dava umas baforadas sem tragar nos cigarros dos outros, só para entrar na onda; mas logo alguém percebeu que eu não tragava. "Tu não traga?" E eu, que nem sabia o que era aquilo, aprendi naquele dia. Fiquei muito tonta e um pouco enjoada.

Eu comprava cigarros à varejo no bar do Sr. Manoel, que não contava para nosso pai porque dizíamos que os cigarros eram para o nosso irmão. Eu gostava dos mentolados e do cigarro Charm, que era fino e tinha rosinhas desenhadas no filtro. Pensando bem, acho que o Sr. Manoel sabia que os cigarros não eram para meu irmão, pois duvido que ele acreditasse que meu irmão fumava cigarros que tinham rosinhas desenhadas no filtro.

Eu adorava os sábados pela manhã, quando minha outra irmã mais velha saía para fazer compras no mercado com meus pais, e eu ficava em casa sozinha. Pegava meu cigarrinho Charm, dentro do meu armário cuja porta era decorada do lado de dentro com fotos e posters do Queen e adesivos do Yes, rodava um rock na vitrola e, sacando meu diário secreto, acendia meu cigarrinho e tirava  a maior onda comigo mesma... escrevia mil histórias...

Um dia, durante a semana, eu peguei um cigarro Hollywood ( pois tinha acabado o Charm no boteco do Sr. manoel) e fui para o bambuzal que tinha atrás da casa, para fumar. Disse a mim mesma: "Desta vez, vou tragar todas!" Assim eu fiz. Já estava na hora de mostrar que eu era mesmo uma menina esperta, durona  e antenada. Traguei tudo e acendi outro cigarro, mas tinha que ser rapidinho, antes que minha mãe desse falta de mim. E ela deu.

Quando eu estava totalmente zonza e muito enjoada, ouvi-a gritar meu nome. Saí lá do bambuzal tentando aparentar naturalidade, mas ela sentiu o cheiro da fumaça, e perguntou o óbvio: "Ana, você estava fumando?" E sem ter como negar, já quase vomitando, eu assumi: "É Hollywood, mãe." Mas não teve jeito: vomitei a noite toda. Ela nem contou nada a meu pai, pois achou que eu nunca mais colocaria um cigarro na boca.

Ela estava enganada.

Uma vez, na fila do cinema, eu estava lá com meus amigos, cigarrinho na mão, cabelão comprido e liso tapando um dos olhos, calça Saint Tropez e cara de malvada, quando alguém alertou: "Deu zebra! Lá vem o "Seu" Silvio!" Tarde demais: ele já tinha me visto com o cigarro na mão. Ele chegou perto, e fez a mesma pergunta que minha mãe fizera alguns dias antes, embora estivesse diante do óbvio: "Ana, você está fumando?" E eu, na maior cara-de-pau: "Não, pai, só estou segurando o cigarro para o meu amigo, que foi ao banheiro." E meu pai, para não se aborrecer: "Ainda bem. Eu te dei dinheiro para comprar um doce, não para comprar cigarro."

Ah, como eram boas as festinhas em que a gente juntava os cigarrinhos que tínhamos e dividíamos uns com os outros!

Em uma destas festas, um colega nosso decidiu enganar um outro, que se gabava de estar fumando maconha: pegou um papelzinho de cigarro e enrolou-o com Mate Leão, e deu para ele, que fumou e disse ter ficado "doidão." A gente fazia muitas dessas experiências, de pegar papel de cigarro e fumar algumas ervas alternativas, como mate e chá-preto. Sei que alguns realmente fumavam maconha, mas eu nunca fumei. E quem fumava maconha, não oferecia para a gente.

Íamos para o cinema, naquela época distante em que os vídeo-cassetes nem sequer pensavam em ser inventados, e apostávamos uns com os outros quem conseguiria fumar dentro do cinema sem ser pego pelo lanterninha. Fumar dentro do cinema era proibido. Acendíamos os cigarros, e quando o lanterninha se aproximava, atraído pelo cheiro da fumaça, a gente começava a balançar o cigarro freneticamente, para evitar que se formasse a fumaça. Quando éramos pegos, às vezes o lanterninha nos pedia para apagá-los, e noutras, nos colocava para fora do cinema.

Uma vez, uma senhora nos denunciou ao lanterninha, pois além de fumar, um amigo nosso estava brincando de dar arrotos altíssimos durante o filme. Éramos um grupo de doze meninos e meninas, no Cinema Casablanca, onde também funcionava um hotel de luxo, e era considerado bastante elitizado. Ela apontou para as nossas fileiras (ocupávamos uma fileira e meia) dizendo: 'São todos estes aqui!"

Os que estavam na fileira da frente foram convidados a se retirarem. Logo depois, nós que estávamos na fileira de trás saímos também, pois a aventura perdeu a graça.

Fumar, para mim, era provar que eu era adulta, madura. Significava ter um segredo. Uma coisa para fazer quando os adultos não estivessem olhando. Além de tudo, fumar é gostoso. Não fumo mais, pois descobri que as pessoas que são realmente 'espertas' e 'antenadas,' não fumam. Hoje em dia todo mundo sabe dos perigos e inconveniências  do cigarro. Antigamente, alguns médicos até receitavam cigarros aos seus pacientes, para que se acalmassem. Era moda. As pessoas não sabiam direito o que estavam fazendo.

Até que de repente, começou todo mundo a morrer de câncer no pulmão. Começaram a pesquisar, e a divulgar os perigos oferecidos pelo cigarro. Acabou-se a época dourada, quando os cigarros significavam a escolha certa, o voo de liberdade,  a opção inteligente e mania de levar vantagem em tudo... embora esta última ainda esteja por aí

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tunel do Tempo


Mudanças nos últimos 40 anos





Cenário 1:
Luís, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro:

• Ano 1971: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luís nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

• Ano 2011: Prendem o pai de Luís por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luís se volta para as drogas, transforma-se num delinquente e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 2:

José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

• Ano 1971: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
• Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 3:

Disciplina escolar:

• Ano 1971: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou nos encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

• Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

Cenário 4:

Horário de Verão:

• Ano 1971: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.

• Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.
Cenário 5:

Fim das férias:

• Ano 1971: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar, após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

• Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborreia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...

Cenário 6:

Saúde:

• Ano 1971: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.

• Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 7:
Trabalho:

• Ano 1971: O funcionário que era “pego” fazendo “cera” (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.

• Ano 2011: O funcionário pego "desestressando" é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.

Cenário 8:

Assédio:

• Ano 1971: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, faz charminho, mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e se casam.

• Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela nem está olhando, ela o processa por assédio sexual. Ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia e proteção paga pelo estado.

Cenário 9:

Comportamento:

• Ano 1971: Homem fumar era bonito, dar o rabo era feio.
 Ano 2011: Homem fumar é feio, dar o rabo é bonito.



Pergunta-se:

EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1971 E 2011, QUE NOS
TRANSFORMAMOS NESSES VERDADEIROS IMBECIS?

 
*recebi por e-mail e imediatamente desejei ter uma máquina do tempo*

FUI!
LU C.