No Balcão do Quiosque

sábado, 25 de abril de 2015

VOO INSONE

Não havendo como
conciliar o sono
nada a fazer, ponho-me
a monologar

Nesse modo insólito
e que me é bem próprio
de no solilóquio
ágil, divagar

Voo de passarinho
pra longe do ninho
curtindo o caminho
livre pelo ar,

Pilho-me sozinho
sinto-me mesquinho
minto-me um tantinho
só, que vai passar!

Pleno adejo, vejo
gente, afã, desejo
um penhasco, um seixo
- vou me estatelar!

Só me lembro o beijo
de cair o queixo
queixo-me mas deixo
isso me levar

Pego uma corrente
Amiga, de ar quente
Rumo indiferente
Pra qualquer lugar

Já fico contente
Ao pensar que, à frente
Vou, possivelmente
A você chegar

5 comentários:

chica disse...

Que lindo ,João! Adorei te ver e a poesia, inspirada e linda! abração! chica

☆Lu Cavichioli disse...

Oi João, que feliz eu fiquei em ver-te aqui com esse poema tão faceiro e cheio de encantos sonoros ao ler.

Lindo, lindo...

abraços de saudade meu amigo!

Lu C.

Ana Bailune disse...

Que lindo!

silvioafonso disse...

Belíssimas palavras...
Tinha saudades, sabe.

Beijos,






.

MARILENE disse...

Não havia lido seu poema, que é encantador. Gostei muito do estilo da construção e da sensibilidade que lhe é peculiar. Bjs.