Não havendo como
conciliar o sono
nada a fazer, ponho-me
a monologar
Nesse modo insólito
e que me é bem próprio
de no solilóquio
ágil, divagar
Voo de passarinho
pra longe do ninho
curtindo o caminho
livre pelo ar,
Pilho-me sozinho
sinto-me mesquinho
minto-me um tantinho
só, que vai passar!
Pleno adejo, vejo
gente, afã, desejo
um penhasco, um seixo
- vou me estatelar!
Só me lembro o beijo
de cair o queixo
queixo-me mas deixo
isso me levar
Pego uma corrente
Amiga, de ar quente
Rumo indiferente
Pra qualquer lugar
Já fico contente
Ao pensar que, à frente
Vou, possivelmente
A você chegar
5 comentários:
Que lindo ,João! Adorei te ver e a poesia, inspirada e linda! abração! chica
Oi João, que feliz eu fiquei em ver-te aqui com esse poema tão faceiro e cheio de encantos sonoros ao ler.
Lindo, lindo...
abraços de saudade meu amigo!
Lu C.
Que lindo!
Belíssimas palavras...
Tinha saudades, sabe.
Beijos,
.
Não havia lido seu poema, que é encantador. Gostei muito do estilo da construção e da sensibilidade que lhe é peculiar. Bjs.
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