No Balcão do Quiosque

sábado, 26 de agosto de 2017




Quando se decide escrever, seja lá o gênero que for precisa-se ficar atento sobre o tema escolhido e a forma como recortar e montar seu quebra cabeça. É de suma importância que a essência ou idéia central apareça de forma inusitada, a fim de assegurar sua continuidade. Porque se no início da leitura não soubermos cativar o leitor, estamos fritos! Eu particularmente nunca me deparei com figuras chamadas de “pareceristas” - cuja intenção e objetivo é julgar uma obra e em seguida bater o martelo dando-lhe o veredicto : PUBLICÁVEL OU NÃO PUBLICÁVEL. Fiquei sabendo da existência dessa classe de julgadores por um amigo escritor que submeteu sua obra, no caso um romance, antes de publicar. Segundo informações deste amigo (excelente escritor), sua obra não foi aprovada. Por várias razões que posso contar numa próxima edição neste blog. Não contente com a resposta do primeiro parecerista, ele procurou outro e o coice foi bem maior, dessa vez derrubando-o e o fazendo sangrar por dentro. Depois de conversarmos bastante (eu e meu amigo), ele me contava que nós, escritores/poetas e aprendizes de feiticeiros, temos o péssimo costume de achar que tudo aquilo que escrevemos é PERFEITO, tipo um filho que mimamos até não poder mais. A princípio achei aquilo um absurdo, mas ao longo do tempo, concordei com ele. Haja visto tanta baboseira escrita por essa WEB afora e que dizem ser poesia, prosa poética, romances etc... ARRE! Olhem só uma coisa, meu livro por exemplo, foi lido por muitas pessoas , professores de literatura, professores de português e coisa do gênero... Eu tinha muita vergonha, porque achava que só escrevia porcarias ( e as escrevi muitas vezes). Todos meus amigos me elogiaram e tal, mas eu queria mesmo saber se eles estavam dizendo a verdade. Não gosto de melação quando a coisa não é verdadeira. Quem me conhece, sabe disso. Mas fico imensamente grata por tanto incentivo e carinho que recebi de meus leitores! Re(cantos) de Mim foi submetido a um parecerista depois que eu publiquei e ele meteu o sarrafo em alguns poemas abrangendo não só a parte lírica, mas também a gramatical. Ele simplesmente dissecou o livro, de cabo a rabo. Até o prefácio e as orelhas do livro ele analisou... Eu tenho tudo guardado como um tesouro, porque pra mim foi um super aprendizado. Depois pegamos amizade e ele começou a ler outros textos e poemas meus e dizendo sempre a verdade. Não derramou mel, mas também não me fez beber o fel, entendem aonde quero chegar? Tudo precisa ser feito com critério e entendimento, sobretudo respeito. Mesmo porque ninguém é dono da verdade. Por enquanto é só, mas posso voltar em edição extraordinária. 

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Oi, Lu. Boas dicas para quem deseja começar a escrever profissionalmente!
Confesso que sou medrosa, e não teria coragem de 'correr atrás' dos meus escritos. Escrevo só por diversão.

Abraços!