No Balcão do Quiosque

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sobre Cordéis e Encantamentos


Até onde consigo supor, a novelinha água com açúcar da Rede Globo está realmente abocanhando súditos e plebeus no horário vespertino.
Tenho a impressão (talvez (in)sensata), de que a emissora tenha finalmente acertado a mão na mistura do bolo, posto que personagens e enredo fermentaram a massa, temperando sagas e seus coronéis, chicoteando lampiões na porfia do cangaço e suas ditas justiças entre céus e terras. Aditivado com maestria brasões e barões assinalados da realeza e suas majestades.

Já fui noveleira, e das boas! Mas hoje, fiquei mais seletiva e para me contentar a história tem que ser pra lá de boa, mesmo porque também sou uma contadora de histórias. Por isso mesmo que esse texto foi se desenhando em minha frente, manchando uma inocente folha de papel, que mastiga minhas palavras para que ao final a digestão se faça sem azias.

Se fosse eu a contadora desta historinha açucarada, faria tudo ao inverso, fazendo da princesinha sertaneja uma engolidora da nobreza com toda pompa e ambição possíveis. E não essa coisinha triste que joga pela janela, vestidos e coroas, medalhas e impérios que galopam garbosos no passo do príncipe consorte.

Eu mostraria sim, seu lado ambicioso e, sobretudo sua ganância e o desenrolar profano da nobreza sobre o povo (até que seria interessante).
De resto, vemos fábulas e realidades no caldeirão das paixões, com muita água pra passar debaixo da ponte.

E como toda cidadezinha esquecida no mapa há um padre, um prefeito, um delegado, um doidivanas qualquer somados a personagens folclóricos e hilários que fazem a diferença diante do público, onde a criatividade deve destacar-se com doses de inteligência e bom humor. E isso, creio, eles fizeram.

Não há mais o que comentar. Deixo a cargo de meus leitores e amigos e, quem sabe isto se torne um debate novelesco e noveleiro.

Abraços
Lu Cavichioli

9 comentários:

chica disse...

Uma linda crônica,Lu,como sempre!

Que tua semana seja linda!beijos,chica

Milene Lima disse...

Reitero aqui: Eu, noveleira incurável, embora menos viciada, amo de viver essa novela. É deliciosa nas minúcias, caprichosamente detalhada... Adoro!

E ando pensando em ser a Maria Bonita do Capitão Herculano... O que vc acha?

Beijo, Lu morena, ruiva, loira... Lu!

☆Lu Cavichioli disse...

kkkkkk Ai ai ai Mi, vc é demais menina!

Deix o capitãio Herculano saber disso que ele vem te buscar rapidinho, Milene Bonita!

Beijo da Lu morena que é pura fantasia e da Lu loira que é pura realidade. ahauhauhu

inté, amada.

R. R. Barcellos disse...

- É claro que produzindo novelas em massa, a Globo de vez em quando se arrisca a criar coisa que preste. Essa aí já tem pelo menos o mérito de ter suscitado esta crítica saborosa da Lu e este comentário delicioso da Mi.
- Abraços, deusas!

MA FERREIRA disse...

Lu..

Gosto dessa sua "rebeldia", de seus questionamentos, sem papas na lingua.
Por isso que a sua cronica se faz tão bacana.
Um beijo..

Ma Ferreira

☆Lu Cavichioli disse...

Valeu Chica pela presença. Bom te ver no Quiosque.

abraços pa ti querida!

☆Lu Cavichioli disse...

Olá RR, amigo, poeta e cantador de histórias de amor... Pois é, a Globo veio com uma proposta inusitada em misturar fábula com realidade e por enquanto está dando super certo. Vamos ver no que vai dar, rsrsrs...

Valeu a releitura da crônica, meu amigo!

abraços da Lu

☆Lu Cavichioli disse...

Oi Ma, querida, que bom saber-te minha leitora!

O enredo fantástico da novelinha me conquistou e foi inevitável: tive que tocar o trombone, escrevendo a crônica,que a meu ver foi leve, como a doce histórinha das 6!

bjs linda

João Maria Ludugero disse...

Olá, boa noite!
Eu venho aqui te convidar a visitar meu blog de Poesias. Se puder e quiser me adicionar, vou gostar de ter por lá seus coments.
Tenhas muitas alegrias e saúde!
Abraços,
João, poeta.
www.ludugero.blogspot.com
Até mais!
Já te sigo. Gostei muito do seu blog!