No Balcão do Quiosque

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Re(canto) da Rosa ...

... Rememorando (...)



Pessoal, em tempos de pastéis requentados, mas com ótimo sabor e (ainda) crocantes, trago a baila uma resenha elaborada com o maior carinho e cuidado que escrevi  em outubro de 2011 em virtude da leitura e re(leitura) da obra de um dos autores contemporâneos que pertencem à nova literatura (entre outros autores que conheci), bordando páginas emocionantes e emocionadas.

Eu falo de um amigo/poeta/seresteiro e quiosqueiro já conhecido entre as linhas internéticas que é nosso RR Barcellos

Permita-me, caríssimo, entitular a postagem unindo canto & rosa, devido à postagem anterior que encontra-se no Escritos na Memórias
que mescla em recepção, minha coletânea encontrando com tuas linhas poéticas.

Compartilho com todos  a resenha de " A obra de RR Barcellos"


Re(antos) de Mim recepciona O Outro Nome da Rosa






RESENHA ELABORADA EM DOIS ATOS

O Outro Nome da Rosa

*
Das Estações - Um Duo Nascimento Ato I

A obra literária de RR Barcellos figura entre os escritores vanguardistas, entretanto preserva o aspecto da escola literária dita romântica - do “eu” lírico. E isso pode-se perceber através da linguagem informal, isenta de rigores e rica em sentimentalismos.

O autor nos presenteia (regiamente) com surpresas lingüísticas e faz da semântica sua maior aliada. Rodolfo é um estilista da palavra escrita e possui (sorte a nossa), a capacidade em sugestionar, emocionar e instigar o leitor.

A obra em questão reinventa o amor revelando uma individualidade inquestionável, posto que nosso autor (creio eu) - discorre sobre seu próprio eu, manifestando ser o remetente da mensagem.

O enredo aprisiona o leitor de tal forma que não há sinais de cansaço na estrutura das linhas e nem tão pouco indícios de verborragia, acabando por sucumbir-nos (felizes), tal é o apelo lírico que envolve história e personagens.

Rodolfo revela-se flexível dentro de seu vasto conhecimento lingüístico e aproveita para brincar com as palavras, tornando-se íntimo acabando por embriagar-se num coquetel de sinônimos, antônimos e homônimos.
Pode-se dizer que RR é um caçador de palavras. Ele as doma, fazendo delas - escravas!

Enquanto o leitor, submisso espectador em palco supremo, ab(sorve) a sopa nutritiva para seus neurônios.

Entre os equinócios RR Barcellos convida solstícios, desfilando neles seu encanto peculiar, remetendo à obra (em justa causa) - “O Outro Nome da Rosa”, o poder místico do amor em conjunção com a Mãe Gaia; permitindo e projetando o nascimento da “Flor”: A ROSA DA MANHÃ!


*
Ego in Verso - uma composição artística intrínsica -Ato II

Há de se definir primeiramente a distinção entre poema e poesia:
Um poema é uma obra literária geralmente apresentada em versos e estrofes (ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia). Efetivamente, existe uma diferença entre poesia e poema. Este último, segundo vários autores, é uma obra em verso com características poéticas, ou seja, enquanto o poema é um objeto literário com existência material concreta, a tem como caráter imaterial e transcendente.

fonte Wikipédia

Na segunda parte da obra de RR Barcellos vê-se claramente esta mescla o que caracteriza sem dúvida a verdade incontestável da musicalidade sensitiva da poesia, que exala um lirismo velado com o objeto poético traduzido pela forma em que esta aparece dentro do contexto. Em outras palavras, o referido autor discorre sobre as mais diferentes formas que embelezam os versos em diferentes composições como os sonetos, acrósticos, poemetos, glosas, soneto em redondilhas ou simplesmente sonetilho, tão bem desenhado por ele, e que tem por título: “DIA DOS NAMORADOS” milimétricamente escrito na impecável linguagem barcelliana.

Barcellos reinventa linhas poéticas amalgamando estilos, povoando os olhos dos leitores com uma estética abrangente de várias escolas literárias e sendo assim torna-se UM entre TANTOS que habitam sua estatura de poeta: maduro, metafísico, exótico, romântico, parnasiano, contemporâneo e absolutamente en(cantador).
A musicalidade é traço marcante em todos seus versos que por serem tão elegantes, faz do EGO IN VERSO - uma coletânea glamurosa, perfeita para relembrar as noites insequecíveis dos saraus.

Sua generosidade em versos para com seus amigos, expressa uma breve lembrança de Manoel Bandeira escrevendo para Mario Quintana:

“Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares (...)”

Finalizando sem métrica nem rima , fecham-se as cortinas, mas o espetáculo continua no blog deste autor que escreve na modernidade sonhos & realidades.


*Faltaram-me recursos intelectuais para uma melhor elaboração desta resenha, embora minha ousadia tenha falado mais alto*

Pra você, meu querido amigo RR
carinhosamente!

By Lu Cavichioli
Outubro/2011


13 comentários:

R. R. Barcellos disse...

Vou dizer o que, Lu? Sua generosidade disputa em grandeza com sua amizade...
Tomei a liberdade de linkar sua resenha na página "Livros" do Sete Ramos, junto com a análise da Graça. Obrigado, minha querida amiga.

Beijos.

☆Lu Cavichioli disse...

Não diga nada RR, nossa amizade fala por nós!

Obrigada
grande beijo

*depois vou lá ver essa página "Livros" dos Sete Ramos.

João Esteves disse...

Que bom, Lu, o Quiosque está tendo pastel regularmente. Ainda bem que não tenho preocupações dietéticas. Melhor disso que você mesma se experimenta como resenhista justamente da obra do nosso RR neste requentado com sabor de fresquinho. Assim fica tudo intraquiosque, mesmo. Beijos

☆Lu Cavichioli disse...

Ora ora, meu amigo João, parece-me que os requentados estão mesmo dando passagem aos quitutes de última hora, recém-saídos do forno... Posto que tu, a Mi e eu abrimos o guarda-comidas,trazendo para o balcão do Quiosque, sabores e aromas que agradaram 'antigosamigos' e quem sabe conquistem leitores novos.

Oxalá nossos outros quiosqueiros, usem o microondas, estamos famintos de letras.
beijos da LU!
:)

Milene Lima disse...

Uma resenha feita como se deve, temperada com o mais nobre azeite literário que só você seria capaz, Lu. O Outro Nome da Rosa merece palavras desse calibre.

Beijos.
E que venham mais pastéis requentados. Os de queijo são saborosíssimos.

☆Lu Cavichioli disse...

Oi Milene, bom dia!

Mesmo requentado, ainda dá pra sentir o sabor do tempero? Poxa... obrigada! Fiquei contente.

Realmente, a obra de nosso RR, entrou pra história e promete!

Ahhh os de carne com azeitona e cebolinha verde são meus preferidos (rs).

beijão

Leonel disse...

Uma bela resenha, sobre a obra de um amigo que eu pensava conhecer, mas que me surpreendeu por seus talentos inusitados...
Fui até reler alguns trechos do meu exemplar do livro...
Abraços, Lu!

☆Lu Cavichioli disse...

Obrigada Leonel pela leitura e também pela re(leitura) de alguns trechos do Outro Nome da Rosa. Afinal, nosso amigo em comum: vive nos surpreendendo! rs

abraços!

Graça Lacerda disse...

Já parabenizei você por essa resenha uma vez, Lu, e endosso tudo que disse, amiga!
Não lhe faltam recursos literários para analisar qualquer que seja a obra!
Está perfeito, parece que foi isso que eu disse da outra vez...

Bravo!!!

☆Lu Cavichioli disse...

rs Obrigada minha amiga! Sabe que esse elogio vindo de ti incentiva ainda mais minha escrita, que procuro sempre fazer com muito critério e cuidado, dentro das minhas possibilidades.

Obrigada mesmo por tuas palavras.
grande beijo cara mia!
:) boa semana

Marcos Santos disse...

Ótima resenha Lu! Incentivos sinceros , justos e balizados ao nosso RR.
O escritor vive solitário dentro de sua escrita, e é muito bom quando descobre que alguém leu, entendeu e compartilhou de seus pensamentos.
Parabéns aos dois.

☆Lu Cavichioli disse...

Valeu Marcos, pela leitura , já sentia tua falta. Ainda bem que voltou!
Obrigada :)

abraços!

MARILENE disse...

Eu já havia lido a resenha, mas desconhecia o conteúdo do livro. Agora que o tenho , volto, para aplaudir você e ele, duas pessoas por quem nutro profundo afeto. Comecei a leitura pelos versos (rss). E ainda os estou saboreando.
Aliás, os do seu livro, estou sempre a reler. Grande beijo!