No Balcão do Quiosque

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tunel do Tempo


Mudanças nos últimos 40 anos





Cenário 1:
Luís, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro:

• Ano 1971: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luís nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

• Ano 2011: Prendem o pai de Luís por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luís se volta para as drogas, transforma-se num delinquente e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 2:

José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

• Ano 1971: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
• Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 3:

Disciplina escolar:

• Ano 1971: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou nos encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

• Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

Cenário 4:

Horário de Verão:

• Ano 1971: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.

• Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.
Cenário 5:

Fim das férias:

• Ano 1971: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar, após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

• Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborreia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...

Cenário 6:

Saúde:

• Ano 1971: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.

• Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 7:
Trabalho:

• Ano 1971: O funcionário que era “pego” fazendo “cera” (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.

• Ano 2011: O funcionário pego "desestressando" é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.

Cenário 8:

Assédio:

• Ano 1971: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, faz charminho, mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e se casam.

• Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela nem está olhando, ela o processa por assédio sexual. Ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia e proteção paga pelo estado.

Cenário 9:

Comportamento:

• Ano 1971: Homem fumar era bonito, dar o rabo era feio.
 Ano 2011: Homem fumar é feio, dar o rabo é bonito.



Pergunta-se:

EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1971 E 2011, QUE NOS
TRANSFORMAMOS NESSES VERDADEIROS IMBECIS?

 
*recebi por e-mail e imediatamente desejei ter uma máquina do tempo*

FUI!
LU C.


9 comentários:

chica disse...

Incríveis mudanças essas vividas e apontadas!! beijos,lindo dia da criança pra grandes e pequenos! chica

João Esteves disse...

Ao ler seu divertido compartilhamento, chego
à (nem tão)triste conclusão de que com certeza eu parei no tempo, cara Lu.

☆Lu Cavichioli disse...

Oi João, devo lhe dizer que eu também! rs

bacios caríssimo!

Ana Bailune disse...

Bom dia, Lu. Cáspite... você tem toda razão, principalmente no que diz respeito a crianças e seus pais e professores. Conheço um menino bagunceiro e malandro, que tira notas baixas, e foi mandado ao 'psicólogo' por suspeita de dislexia. Conclusão: ele não é disléxico, é vagabundo, mesmo.

Leonel disse...

Eu diria que algumas dessas imbecilidades começaram no início dos anos 80, quando uma certa turminha começou a se soltar...
Agora, eles é que estão ditando as regras, e criando esse festival de absurdos e contradições a cada dia...
Vamos acordar!
Abraços, Lu!

Marcos Santos disse...

Certa vez, eu tinha uns treze anos, um tal de Filhinho, um babaquinha da minha área, veio com sua turma e começou a ameaçar-me. Ele gostava da Márcia Maria, mas ela gostava de mim, o que eu podia fazer? Começou a empurrar-me e eu avisei que parasse para que não brigássemos. Ele riu e disse que eu não poderia bater com todos eles, e eu respondi que bateria apenas nele. Foi o que aconteceu. Bati muito nele e os outros, depois de me lenharem um pouco pelas costas resolveram dar-me um descanso para verem a briga. E foi assim que soquei o sujeito até meus braços cansarem.
O que há de moral nessa história? Eu era um adolescente de treze anos e a coisa acabou ali. Os adolescentes de hoje tem impressionantes trinta anos, fruto dessa geração babaca e hiper-protetora, que não sabe educar seus filhos e precisa de um estado babá.

R. R. Barcellos disse...

Bem, se o mundo acabar em dezembro talvez janeiro traga dias melhores...

Abraços, Lu.

☆Lu Cavichioli disse...

Ana, Leonel, Marcos e RR, eu penso que toda essa babaquice esquizofrênica de que são vítímas nossas crianças e jovens vem diretamente dos pais que babacas ficaram e não sabem criar os filhos.

Tenho observado cada barbaridade, mesmo em família, esses rebentos mandando e desmandando e os pais rindo, achando bonito os empurrões, os chutes, os ataques de se jogarem no chão e outros deslizes.
O bom mesmo era lá em nosso tempo, onde só um olhar dos mais velhos se faziam entender.

Vocês lembram quando a Diretora do colégio entrava na sala e a gente ficava em pé como sinal de respeito? aquilo sim era educação e começava lá em casa.

Gente, meu pai deixava a cinta pendurada na maçaneta da porta enquanto nós almoçávamos ou mesmo quando ele voltava do trabalho, e eu olhava aquela cinta, ressabiada, porque já tinha levado umas lambadas kkkkk e me comportava direitinho. Embora eu fosse levada da breca, mas tinha respeito e sabia obedecer.

Hoje, esses fedelhos atrevidos são maquiavélicos e sabem como ninguém fazer chantagem para conseguir o que querem.
Esses são frutos dos pais modernos ou pós-modernos, como queiram! rs

Pobre juventude e suas rebeldias sem causa!

RR, a Família Maya errou feio e nada feito com essas de o mundo acabar, mas janeiro com certeza trará mais novidades caóticas.

abraços pra todos!
:)

Patty disse...

É MUITO BOM VER TANTA MUDANÇA AO LONGO DO TEMPO, RECEBI UM EMAIL DISSO, ADOREI.

BJS MINHA QUERIDA!

PATTY!