No Balcão do Quiosque

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ponto de Encontro no Bar com direito a Café


As almofadas estavam espalhadas pelo chão, o salão era amplo, com algumas divisórias.Havia quem gostasse de sentar nas almofadas macias, mas também tinham aqueles que preferiam sentar-se em cadeiras confortáveis, à beira da mesa com cinzeiros e drinks.

Nas paredes, molduras de todos os tamanhos e cores, abrigavam poemas, rimados ou não. Histórias reais ou recheadas de utopias que me faziam sonhar a ponto de incluir-me conhecendo a essência de cada uma.

Nos fundos do bar via-se uma escada que levava ao piso superior, na parede uma seta indicava: Colunas do Empório do Café. O local era frequentado por artistas, poetas e gente que sabe sonhar.

O salão dos versos era cheio de almofadas fofas e coloridas, todas espalhadas pelo chão.

Vez por outra me sentava junto às mesas, tomava um martini, jogava conversa fora, ria muito com o bom humor do pessoal e aprendia com artistas que lá entravam para beber alguma coisa, ler alguns poemas e escutar boa música.

Lá fiz muitos amigos porque na vida o que importa é participar, e acima de tudo viver intensamente.

E como dizem por aí que a noite é uma criança, eu chegava cedo e ficava até altas horas, um bom período para me aproximar dos quadros, que forravam as paredes daquele bar.

E antes que o dia amanhecesse, sentia o aroma inigualável do café coado na hora, que eu sorvia de um gole só. E munido de meus companheiros, chapéu e casaco, eu saía.

Olhava o letreiro apagado, atravessava a rua, seguindo meu caminho.

Por Lu Cavichioli

2 comentários:

chica disse...

Lindo bar e lindas lembranças das noites ali passadas, dos papos bons, até chegar a hora do cafezinho e ele fechar as portas...beijos,chica

chica disse...

Lu, passei hoje, dia 20, pra te deixar meu beijo pelo dia dos amigos,chica