No Balcão do Quiosque

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sobre um incidente no Quiosque

Vim visitar o Quiosque, fazendo ao menos uma das já praticamente incontáveis visitas virtuais por mim devidas. Li o post do Leandro sobre o tempo, esse cruel, implacável e eterno passador. Achei previsivelmente interessante, como soem ser os textos dele, de que sempre gosto. Até este ponto, a visita pagou-se. O mesmo se dá com todos os demais posts que aqui venho apreciar. Por um motivo ou por outro, sempre me agradam.
Então percorro os comentários e vejo a bronca da Lu. Teve até post em separado para tratar do assunto. E ela ainda tem a fineza de deixar em aberto a discussão sobre se teria cometido uma arbitrariedade ao 'deletar' um comentário importuno.
De minha parte, Lu, francamente, não sei dizer o que penso sobre se sua decisão foi ou não foi arbitrária. Prefiro inclusive nem pensar, pois acho isso de pequena relevância. Hemos de convir que é seu direito e dever defender nosso quiosque como melhor lhe aprouver, e ponto. Você fez o que achou melhor e que cada um ache e diga o que bem entender. Abstenho-me simplesmente de opinar, mas que fique logo bem claro: todas as possíveis opiniões que se levantarem terão meu respeito. Tanto da parte de quem concorde como da de quem discorde do que você fez, só consigo esperar opiniões que mereçam leitura por aqui. E você mesma, Lu exerceu democracia da boa ao se mostrar aberta a ouvir todas as nossas opiniões. Se declino de proferir agora a minha é tão somente por não ter, mesmo. Deixo minha neutralidade declarada. Deixo subentendido que mesmo tacitamente apoiarei todas as medidas e providências que sejam boas para este Quiosque.

Aliás, também fui visitado no blog Me and My English pela mesma pessoa. Achei que a forma de divulgar sua literatura tinha um traço com que pessoalmente não consigo simpatizar. Não me refiro ao teor nem à qualidade de seus textos, teor e qualidade bastante duvidosos, a meu ver. Nada tenho contra quem goste do gênero, que sobre isso não pairem dúvidas, eu é que não gosto, e não gosto mesmo, sei que há muita coisa incomparavelmente melhor pra se ler na blogosfera, inclusive os textos que os colegas quiosqueiros postam aqui, mesmo. O que me causa espécie na verdade é o fato de a pessoa em questão usar uma estratégia de marketing desnecessariamente agressiva, invasiva mesmo, e que no fim das contas não depõe a seu favor. Ela não demonstra que leu nada no blog visitado, não se mostra nem um tiquinho interessada nos conteúdos de seus anfitriões, ou pelo menos foi assim comigo, e parece que assim foi também aqui. A essa altura do campeonato já me permito presumir que ela aja sempre nessa base.

Tenho por critério adotado faz um bom tempo responder ali mesmo e individualmente a cada comentarista ou comentário que apareça em qualquer um dos meus blogs. Desta forma dialogo publicamente com meus interlocutores que são atenciosos e gentis, gente que explicitamente aprecia meus escritos e só por este fato já merece minha atenção, e decerto a tem. Esforço-me por sempre retribuir cada visita que recebo, inclusive, porque acho essa coisa de bom tom. Também faço questão de respeitar toda e qualquer opinião. A leitura que cada pessoa faz de qualquer um de meus textos é individual, e não raro acaba por enriquecer seu entendimento com novas achegas, sempre oportunas e muito bem vindas.
Mas quando uma pessoa me visita inequivocamente só para 'vender seu peixe', a coisa muda bastatante de figura. Dou-me então o direito de não interpretar uma visita desse tipo como respeitosa, já que a forma escolhida para a divulgação do próprio trabalho nem de longe sugere o menor vestígio de interesse pelo meu. Claro que eu continuo reconhecendo e defendendo a legitimidade de todos os esforços que as pessoas movem no sentido de divulgar o próprio trabalho. Mas isso pode e deve ser feito com algum bom senso, com algum bom gosto, com alguma elegância. Mesmo no caso de convites que apresentem todas estas características, o conteúdo do que se oferece pode me interessar ou não. Se não interessar, agradeço o convite mas...
Agora, na ausência de todas elas, francamente, o que será que a criatura está esperando?

10 comentários:

chica disse...

Eu fico impressionada com isso e acho que todos podem ter o direito de escrever o que querem,nos seus espaços.

No momento que chegarem até nós, devem respeitar o nosso estilo de blogar e nos mostrar.

É uma pena mesmo! abração,tudo de bom,chica

☆Lu Cavichioli disse...

João, a minha bronca tinha que vir de uma foma ou de outra. Entendo até que fui (ainda) bem sutil em descrever o incidente. Mas esta é minha forma de proceder quando uso luvas de pelica. Embora a boca no trombone seja efusiva e estridente.

Quanto a ter a fineza em deixar aberto a comentários, eu quis mesmo aí deixar algo nas entrelinhas para bom entendedor. Porque há sempre aquele do contra, me entende? E eu sou aberta a ouvir lados e esquinas.

Sua postagem veio a contento (como sempre)colocando a baila, visitas que se aproveitam para fazer o SEU comercial e nem te ligo para o blog em questão. Eu também não gosto nada nada desta situação.

Agora, voltando à vaca magra, não sabemos ainda com quem estamos lidando. Que tipo de psicopatia chega até nossos blogs, já que tive notícias da sinistra visita em outros blogs.
Creio que há uma medida bastante eficaz:
DENUNCIAR O CONTEÚDO ABUSIVO AO BLOGGER.

Espero, sinceramente, que nossa Casa de Crônicas continue em mansas águas como foi até aqui.

ultrabeijos meu caro!

☆Lu Cavichioli disse...

Olá Chica, infelizmente a net se tornou arma de guerra.Veio de mansinho, como uma ferramente pós-moderna de grande valia,porém mortífera. Já tivemos exemplos disso.

Como disse, todos temos o direito de nos expressar, é o livre arbítrio. Mas tem muita gente doente que ultrapassa limites.
Tomemos cuidado!

super beijo, querida!

Graça Lacerda disse...

Neo,

gostei muitíssimo de sua fala, assim como o posicionamento da nossa querida LU.

Ambos merecedores de aplausos, pela irrestrita integridade de caráter e tb pelo zelo e cuidado com o nosso Quiosque, que por certo É, E CONTUNUARÁ SENDO um lugar especial para nós, onde primam o respeito às pessoas que aqui chegam e que são membros deste, e também pela alta qualidade literária deste espaço cultural.

Conheci, infeliz ou felizmente criatura infeliz, através de inúmeros blogs, e posso lhes assegurar (conforme já disse à LU) que essa criatura do pântano dá suas investidas sem sondar o ambiente, numa total falta de bom senso, dignidade e respeito ao blog em que adentra.
Porém(alíviada!), percebi que somente retorna à casa que lhe permite retornar, dando-lhe atenção maior que merece. (Acompanhei uma verdadeira guerra de terror com algumas pessoas e confesso que é covardia: é uma luta desigual, desumana, INÚTIL!).

Denunciar, é o que a Lu pretende. Vamos ver, LU, se param de nos incomodar.

Um grande abraço, meu amigo.
Estamos unidos nessa e veja você que até em questões desse teor estamos fraternalmente juntos.

Portanto, ficar de olho é bom, mas ignorar tb às vezes resolve. Pelo menos por enquanto.

Com carinho.
Graça

☆Lu Cavichioli disse...

Querida amiga Graça, sua posição vem de encontro com minha proposta de varrer ervas daninhas que andaram brotando em nosso jardim.

Ainda bem que há quatro quiosqueiros nos arreadores sondando o ambiente. No jardim estamos agora, colocando pesticida.

Estarei na sala Degradê, qualquer novidade:
GRITEM!

meu abraço de carinho
Lu

Graça Lacerda disse...

Lu,

...não seria nos "Escritos"?...rsrs

Bj!

☆Lu Cavichioli disse...

Não amada, é na sala degradê mesmo, dentro do Quiosque! Escqueceu? rsrsr...

bejinho

Graça Lacerda disse...

...rs... depois que postei, aí me lembrei...rs

mas pode deixar, Lu, que a chamaremos sim, na sala Degradê...

Bjs, cara mia.

Hod disse...

Neo,
Que falar sobre a miserabilidade de alguns seres?
Atacar para obter atenção é próprio dos que possuem Coprólitos no lugar do cérebro.
É dura a vida de campo pra quem não sabe pastar!!!

Obrigado por seu gentil comentário junto ao Botões de Madreperola.

Ao amigo um forte abraço,

Alôha,

Hod.

Marcos Santos disse...

Bem dito, João.
Pau na canalha.